Em bases trimestrais, comparado a igual período do ano anterior, a agroindústria recuou 6,0%, de janeiro a março de 2013, mas avançou 5,9%, no período de abril a junho. Entre os grupamentos, os setores vinculados à agricultura (-8,6%) e os associados à pecuária (-3,2%) recuaram no primeiro trimestre, mas voltaram a crescer no segundo (8,1% e 1,9%, respectivamente).
O grupo inseticidas, herbicidas e outros defensivos para uso agropecuário apontou ligeira variação positiva (0,2%), de janeiro a março, mas caiu 1,7% no trimestre seguinte, enquanto o segmento de desdobramento da madeira mostrou resultados positivos em ambos os trimestres, passando de 2,2% para 13,1%.
A ligeira variação positiva na produção agroindustrial de janeiro a junho de 2013 deve-se, principalmente, à recuperação na agricultura e pecuária no segundo trimestre do ano, com destaque para os derivados da cana-de-açúcar e os derivados de aves, que cresceram, respectivamente, 38,3% e 14,9%, entre abril e junho de 2013.
Na agricultura, maiores altas nos derivados de cana (26,9%) e laranja (22,9%)
No primeiro semestre do ano, o setor de produtos industriais derivados da agricultura ficou praticamente estável (0,2%), com taxas positivas em quatro dos oito grupos pesquisados. A principal contribuição positiva veio dos derivados de cana-de-açúcar (26,9%), pelo aumento na produção de açúcar cristal (14,1%), açúcar demerara (24,8%) e álcool (41,7%), impulsionados pela maior safra da cana-de-açúcar.
Cresceram ainda laranja (22,9%), trigo (5,0%) e milho (2,8%), os dois últimos também por conta da safra maior. Caíram celulose (-1,5%), fumo (-5,1%), derivados da soja (-14,3%) e arroz (-1,4%).
Também houve crescimento entre os produtos industriais utilizados pela agricultura (+4,6%). Destacam-se o avanço na produção de adubos e fertilizantes (1,6%) e na fabricação de máquinas e equipamentos (9,5%).
Derivados de aves (+10,4%) são destaque na pecuária
Os produtos industriais derivados da pecuária avançaram 0,9% no semestre. A maior alta foi a dos derivados de aves (10,4%), influenciada principalmente pela baixa base de comparação no primeiro semestre de 2012 (-8,3%). Registrou-se também acréscimo em couros e peles (0,6%), pelo avanço nas exportações. Resultados negativos foram observados em derivados da pecuária bovina e suína (-4,5%), com a queda nas exportações de suínos (principalmente para a Ucrânia, por embargo às carnes suínas brasileiras) e no subsetor de leite (-8,0%). O setor de produtos industriais utilizados pela pecuária recuou 6,1%, de janeiro a junho de 2013, com a menor produção de rações e suplementos vitamínicos (-5,3%) e de produtos veterinários (-10,7%).