O presidente da Cooperativa dos Produtores de Açafrão de Mara Rosa (Cooperaçafrão), Arlindo Simão Vaz, destaca que até a organização dos produtores melhorou.
? Antes fazíamos o plantio sem saber a quantidade de sementes necessárias para cada hectare. Hoje, já controlamos isso e sabemos que devem ser usadas de 1,2 mil a 1,5 mil quilos de sementes para plantar um hectare ? ressalta.
A cooperativa que foi fundada em 2003 com 22 produtores, atualmente, já soma 84. Da última colheita resultaram 200 toneladas de açafrão. Hoje, essa produção conta com as facilidades de uma unidade industrial. Um exemplo do que mudou é o tempo de cozimento do produto e o seu secamento. No modo artesanal, o processo levava de 35 a 45 dias. Na agroindústria, são apenas nove dias.
? Conseguimos, com essa redução de tempo, também diminuir o custo de produção do açafrão, tanto no plantio quanto no seu processamento ? diz Arlindo.
Segundo ele, o custo foi reduzido à metade. A lenha, por exemplo, usada no processo de cozimento do produto na agroindústria representa apenas 10% do total de lenha gasta no modo artesanal.
? Nós ainda conseguimos dar mais qualidade ao produto, chegar ao nível zero de microbiologia e dar uma tonalidade padronizada ao açafrão ? conta. Com isso, o produtor tem recebido 25% a mais na venda do condimento.
Na agroindústria, o produtor encontra equipamentos para a lavagem do açafrão, fatiamento do rizoma para acelerar a secagem e tanques para cozimento rápido do produto.
? Com o funcionamento dessa indústria temos como resolver os problemas de segurança na entrega de mercadoria e preço compatível com mercado. Esse processo tecnológico vai propiciar o crescimento da cadeia produtiva de açafrão de Goiás ? ressalta Arlindo.