Agroindústria de polpa de frutas é alternativa de renda para produtoras em Minas Gerais

Em Salinas, grupo de mulheres criou uma agroindústria e hoje comercializa seus produtos em feiras e escolas da regiãoUm grupo de mulheres do município de Salinas, no norte de Minas Gerais, descobriu na produção de polpa de frutas uma boa alternativa de renda. Com o apoio da Emater-MG, elas criaram uma agroindústria e hoje comercializam seus produtos em feiras e escolas. O local é conhecido, no município de Salinas, por seu potencial na produção de frutas. Apesar disso, a falta de oportunidades de comercialização gerava prejuízo para os agricultores familiares.

Em 2008 essa história mudou. O grupo, em parceria com a Emater-MG e o Conselho Comunitário Nova Esperança de Jacurutu, implantou uma agroindústria de polpa de frutas. O terreno para a construção da fábrica foi doado pela comunidade. O valor dos recursos para a implantação da agroindústria foi de R$ 70 mil, sendo R$ 60 mil provenientes do Programa Estadual de Combate à Pobreza Rural (PCPR). O restante da verba veio do Conselho Comunitário Nova Esperança de Jacurutu. A Emater-MG ficou responsável pela elaboração do projeto técnico, que viabilizou a liberação dos recursos.

Na agroindústria são produzidas 12 variedades de polpa de frutas. O grupo foi capacitado pela Emater-MG. As produtoras receberam treinamento sobre processamento de frutas, boas práticas de fabricação e comercialização. Para o extensionista do escritório da Emater-MG em Salinas, Antônio Eustáquio Ferreira Duca, a agroindústria tem causado um impacto positivo na vida do grupo e da comunidade.
– É uma alternativa importante para agregação de valor, geração de renda e oportunidade de trabalho no meio rural – diz Duca.

Desde 2010, por orientação da Emater-MG, o grupo participa do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A iniciativa garante espaço no mercado institucional. O grupo vende para as escolas cerca de 40% de sua produção. As atribuições da empresa no programa são bem amplas e abrangem desde a assistência técnica, mobilização de agricultores, emissão da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), orientação e elaboração de projetos até a capacitação dos agricultores em boas práticas de produção. Além de comercializar polpa de frutas para escolas, as produtoras também vendem parte da produção em feiras, no mercado municipal e no comércio local.