Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Agronegócio reclama de falta de acesso a recursos

Anúncio do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 está marcado para a próxima segunda, dia 7O anúncio do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 está marcado para a próxima segunda, dia 7. Entre os produtores, o clima é de expectativa. Porém, as lideranças do setor reclamam da dificuldade de acesso aos recursos.

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, antecipou esta semana em entrevista ao Canal Rural que os recursos destinados ao plano devem chegar a R$ 102 bilhões, aumento de 8% em relação à safra 2009/2010, que previa R$ 92 bilhões. Sobre o plano que vai ser anunciado, o governo já adiantou algumas novidades, como incentivo à produção agrícola que respeite o meio ambiente, mais recursos para os médios produtores e linhas de crédito para armazenagem.

Porém, as medidas não animam os produtores, que ainda reclamam da burocracia. O agricultor José Helmuth Steffen planta soja no verão e trigo no inverno, no interior do Rio Grande do Sul. Ele depende do crédito oficial, mas admite que a tomada do empréstimo é sempre complicada.

? É preciso muita documentação. Tem que estar em dia com impostos, a terra livre de ônus, matrícula atualizada. Vários documentos devem ser entregues para a instituição financeira. Teria de desburocratizar. O maior problema é o endividamento agrícola. Atualmente, a agricultura vai muito bem, mas o produtor está muito endividado, comprometido. Por isso, tem dificuldade em pegar mais recursos ? diz Steffen.

As principais lideranças do agronegócio confirmam que o problema não é a oferta de crédito, mas sim a dificuldade de acesso. O analista Alexandre Mendonça de Barros lembra que o atual modelo de crédito rural tem muitas restrições para que o dinheiro seja liberado.

Dados da consultoria revelam que há três anos, o financiamento da safra era dividido assim: um terço recursos públicos, um terço dinheiro das empresas e o restante financiado pelo próprio produtor.

O financiamento do governo aumentou um pouco, atualmente estaria em 40%. Porém, em compensação, as empresas perderam espaço e o agricultor cada vez mais utiliza recursos próprios.

O cafeicultor Luiz Hafers reclama da falta de um sistema moderno de financiamento à produção. Segundo ele, a dificuldade está na distribuição dos recursos.

Outra reivindicação do setor é o seguro rural. O presidente do Conselho de Agronegócio da Fiesp, Roberto Rodrigues, concorda que o plano precisa trazer garantias de renda ao produtor rural.

? Cada vez mais, nós temos que caminhar para uma política de renda no campo. Não há sustentabilidade ambiental e social sem a econômica. E se é uma política de renda, nós não vamos nunca a lugar algum. Então, a política pública tem que ser de sustentação de renda. Em que o seguro rural, os preços mínimos funcionam mais que o crédito. Que adianta eu ter crédito à vontade se eu não tiver preço e garantia de renda para pagar o que eu devo. Então, fundamental é o casamento entre os recursos abundantes do crédito rural e instrumentos para pagá-los, com política de renda adequada ? explica Rodrigues.

Sair da versão mobile