A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 58,47 bilhões no acumulado do ano, até a primeira semana de novembro, em alta de 32,5% pela média diária, na comparação com o período de janeiro a novembro de 2020. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) chegou a US$ 421,59 bilhões no período, um aumento de 36,5%.
O resultado das exportações soma US$ 240,03 bilhões, alta de 36%. As importações aumentaram 37,2% alcançando US$ 181,56 bilhões. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (8) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, e refletem o resultado da corrente de comércio atual.
As exportações abriram o mês em alta de 62,5%, alcançando US$ 4,23 bilhões na primeira semana, enquanto as importações totalizaram US$ 4,26 bilhões, com alta de 91,1%. Dessa forma, o saldo ficou negativo em US$ 30 milhões, com corrente de comércio de US$ 8,49 bilhões, subindo 75,7%.
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Exportações
Até a primeira semana deste mês em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve crescimento de 62,5% com altas das vendas na Agropecuária (98,5%) e em produtos da Indústria de Transformação (89,7%). Já na Indústria Extrativa houve queda (-23,8%).
Na Indústria de Transformação, destaque para o aumento nas vendas de produtos laminados planos de ferro ou aço não ligado, não folheados ou chapeados, ou revestidos (+23.664%); celulose (+116,6%); farelos de soja e outros alimentos para animais, excluídos cereais não moídos; farinhas de carnes e outros animais (+109,6%); produtos semiacabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (+302%) e ouro, não monetário, excluindo minérios de ouro e seus concentrados (+103,8%).
Entre os produtos agropecuários, a alta das exportações foi impulsionada pelo crescimento nas vendas de soja (+452,9%); café não torrado (+36,3%); algodão em bruto (+19,6%); especiarias (+210,4%) e madeira em bruto (+297,3%).
Importações
Nas importações, a média diária até a primeira semana de novembro de 2021 (US$ 1,419 bilhão) ficou 91,1% acima da média de setembro do ano passado (US$ 742,83 milhões). Nesse comparativo, aumentaram principalmente as compras de produtos da Indústria Extrativa (+515,3%), da Indústria de Transformação (+75,6%) e da Agropecuária (+95,7%).
Na Indústria Extrativa, destaque para as compras de gás natural, liquefeito ou não (+1.839,6%); óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (+439,9%); carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (+215,4%); outros minérios e concentrados dos metais de base (+190,7%) e outros minerais em bruto (+21%).
Já na Indústria de Transformação, o aumento das importações foi puxado pelo crescimento nas compras de óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (+374,1%); adubos ou fertilizantes químicos, exceto fertilizantes brutos (+155,8%); válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (+133,7%); motores e máquinas não elétricos e suas partes, exceto motores de pistão e geradores (+243,6%) e equipamentos de telecomunicações, incluindo peças e acessórios (+58,3%).
Por fim, na Agropecuária, a alta nas importações teve o destaque da compra de milho não moído, exceto milho-doce (+576%); cevada, não moída (+990,4%); trigo e centeio, não moídos (+67%); pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (+171,5%) e látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (+92,7%).