Durante a cerimônia de lançamento do Plano Safra 2023/2024, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), fez críticas contundentes ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
No discurso, o ministro, que é senador pelo PSD de Mato Grosso, disse que é “necessário convocar o presidente do Banco Central”.
“Precisamos conhecer a sua responsabilidade com o Brasil. Uma das metas do Banco Central é manter o controle da inflação, o que tem sido alcançado com êxito. A política econômica está progredindo bem, enviando sinais cada vez mais fortes de que o controle da inflação é permanente. Qual é a justificativa para uma taxa de juros básica, a Selic, de 13,75%? O que ele considera sobre o emprego? E quanto ao desenvolvimento do país? A aprovação do seu nome foi feita pelo Senado, e essa aprovação ocorreu com base nessas condições e compromissos. E nós temos o direito de cobrar a sua posição”, disse.
Fávaro também afirmou que pretende comparecer ao Senado para debater com Campos Neto.
“Com a permissão do senhor [presidente Lula], se ele estiver no Senado para esse debate, eu me licenciarei por mais um dia, pois quero estar presente também para participar desse debate. O Brasil não pode ficar nas mãos de alguém que não esteja comprometido com a geração de empregos e com o desenvolvimento econômico”, afirmou.
Fávaro diz que Plano Safra atende o setor produtivo
Segundo o ministro, os pedidos das entidades relacionados ao volume de recursos foram atendidos pelo Mapa.
“Essa conquista foi alcançada com dificuldade, mas também com grande determinação do presidente Lula e do ministro da Economia, Fernando Haddad, que demonstraram compreensão em um momento em que é crucial fornecer mais crédito aos produtores. Isso se tornou especialmente importante devido à queda nos preços das commodities, exigindo um reforço no custeio. Conseguimos cumprir esse objetivo, resultando no maior Plano Safra da história.”, afirmou.
No discurso, Fávaro, afirmou que o Plano Safra exemplifica o significado do lema do governo: “União e Reconstrução”.
“Não importa em quem você votou, agora é hora de governar para todos”, declarou.