O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, participou nesta quarta-feira (17) da reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), para falar dos bastidores da COP26, realizada em Glasgow, no Reino Unido.
Ele comemorou o fato de que o Brasil será exportador de carbono para o mundo que polui. “Nós temos menos de 3% das emissões aqui no Brasil, 97% são globais. O que significa isso? Para chegar à neutralidade, você não vai conseguir zerar todas as emissões, vai ter que compensar, e o Brasil vai ser um grande exportador”, disse, lembrando que a agricultura é uma das fontes para esse o mercado de carbono.
Leite afirmou que, enquanto o Brasil atuou “de forma excepcional” na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, muitos dos países mais ricos do mundo “não fizeram a lição de casa”, postergando a aplicação de recursos para mitigação de emissões nas nações menos menos desenvolvidas para 2025.
“A agricultura em si vai na boa direção de ser menos emissora com certeza e a aproveitar para criar empregos verdes baseado em reduções de emissões, baseado em uma agricultura de baixa emissão de gases do efeito estufa”, disse o ministro sobre a atividade no Brasil.
Sobre a proposta da União Europeia de banir a importação de produtos que estejam ligados ao desmatamento, o ministro do Meio Ambiente “Nós estamos no acordo do clima, nós estamos na direção correta, nós estamos na direção de um acordo mais ambicioso para o Brasil, e nós temos a soberania nacional. Nós temos países muito ricos e países muito frágeis economicamente falando, e qualquer movimento desses, de um país, unilateralmente, deve ser combatido e com certeza será combatido pelo Brasil”.