Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Agricultura

Cotações vão continuar voláteis em meio à incertezas, diz USDA

Economista-chefe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Seth Meyer, participou de evento na CNA

No Brasil, nesta sexta-feira (29), o economista-chefe do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Seth Meyer, disse que o período de incerteza, criado principalmente pela guerra entre Rússia e Ucrânia, vai continuar pressionando os preços das commodities agrícolas. 

“O aumento da demanda por commodities causou efeitos na oferta e demanda global por alimentos nos últimos meses. Ninguém sabe quanto tempo a guerra vai durar e ela tem causado impactos sensíveis e incertezas de mercado”, afirmou.

Seth Meyer participou do evento “Perspectivas para o Agronegócio Mundial”, organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), com o apoio da Embaixada dos Estados Unidos, em Brasília.

Economista-chefe do USDA

Em sua palestra, o economista-chefe do USDA destacou o cenário mundial de preços das commodities agrícolas, os impactos do conflito entre a Rússia e Ucrânia, principalmente no fornecimento de insumos e trigo, além dos choques de mercado provocados pelo clima e demanda por alimentos.

Segundo Meyer, os preços das commodities agrícolas vinham aumentando de forma significativa desde o outono de 2020, provocados pelo retorno da China aos mercados globais, que aqueceu a demanda por grãos, e pela guerra na Ucrânia.

Com relação ao fornecimento de trigo, Meyer explicou que a produção e a demanda pelo cereal seguiam equilibradas, mas o conflito na Ucrânia gerou um choque de oferta, reduzindo os estoques. “Quando um mercado importante se fecha, o impacto é sentido no mundo todo”.

Para o economista, apesar da queda na produção, os agricultores estão se esforçando para manter a média, mesmo com as dificuldades de logística nos portos e não se beneficiando dos bons preços das commodities a nível global.

O economista-chefe do Departamento de Agricultura dos EUA encerrou a apresentação dizendo que “a aplicação de tecnologia no campo para produzir com sustentabilidade é uma oportunidade de melhorar a segurança alimentar a nível global e mitigar os choques de mercado”.

Brasil

O presidente da CNA, João Martins, participou de forma virtual e, na abertura do evento, afirmou que o mundo vive um dos momentos mais conturbados da história, em que a segurança alimentar global é colocada em xeque em um cenário de alta inflação e aumento das taxas de juros ao redor do mundo, incrementos nos custos relacionados a transporte e logística e interrupções nas cadeias de fornecimento de insumos.

“O Brasil é um país chave para que esses desafios sejam superados. Apesar das dificuldades, o agro brasileiro se mostrou resiliente e eficiente, mesmo durante os períodos mais intensos da pandemia da covid-19. Quando o mundo todo adotava medidas de restrição à circulação de pessoas e produtos, o produtor rural brasileiro continuou a produzir para abastecer o mercado doméstico e suprir as necessidades do mercado internacional”, disse.

Martins também falou sobre a expectativa do aumento do consumo mundial de alimentos, principalmente pelos países de baixa e média renda, e o papel do Brasil nesse cenário. “É impossível que tratemos de agronegócio no presente e no futuro, sem olharmos para o Brasil. Por isso, o Sistema CNA/Senar tem liderado esforços voltados à melhoria da produtividade no campo, como a Assistência Técnica e Gerencial, que conta com 4 mil técnicos de campo atendendo produtores por todo o país”, destacou. 

Sair da versão mobile