PONTO DE VISTA

Exclusivo! Secretário do Mapa fala sobre novos mercados e desafios com Trump

Luís Rua concedeu uma entrevista ao Canal Rural e destacou oportunidades para o agro brasileiro e minimizou os impactos de tarifas dos EUA

soja, porto, exportação, prêmios,embarque, Brasil
Foto: Ivan Bueno/AnP

Em entrevista exclusiva ao Canal Rural, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Luís Rua, abordou as incertezas sobre novas tarifas impostas pelos Estados Unidos e as oportunidades geradas por uma possível guerra comercial entre a maior economia do mundo e a China.

Soja e mercado chinês

Um dos temas centrais foi a suspensão da importação de soja de cinco empresas brasileiras pela China, ocorrida em janeiro. Segundo Rua, a situação envolve apenas cinco unidades produtivas entre mais de 1.700 habilitadas a exportar para o país asiático.

“É um problema pequeno no contexto do comércio internacional. Já estamos trabalhando junto às unidades notificadas pela autoridade chinesa”, afirmou. Ele prevê que a situação será resolvida até março.

Expansão de mercados

Rua ressaltou o trabalho do governo na abertura de novos mercados, citando a recente habilitação do Quênia para importar carne bovina brasileira. O secretário reforçou que, além da busca por novas oportunidades externas, o mercado doméstico continua sendo uma prioridade, já que responde por 70% do consumo da produção nacional.

“A ampliação das exportações é essencial, mas sem esquecer da demanda interna”, destacou.

Tarifas dos EUA e relação comercial

Sobre as tarifas do governo Trump, Rua afirmou que ainda há muita especulação e destacou que os produtos brasileiros são, em sua maioria, complementares aos americanos, sem concorrência direta.

“O Brasil quer manter uma relação próxima com os Estados Unidos, um dos nossos principais compradores de produtos agropecuários”, disse.

Oportunidades para o agro brasileiro

O secretário enfatizou que o Brasil está pronto para negociar com mercados estratégicos, destacando a solidez, a segurança e a sustentabilidade da produção nacional.

“O Brasil é um parceiro confiável e estável, capaz de fornecer alimentos com qualidade e sustentabilidade para atender às demandas globais”, concluiu.

Confira a entrevista completa no vídeo a seguir: