O Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) realizou uma série de reuniões em Brasília nesta semana, com o objetivo de discutir a fiscalização e a classificação correta do azeite extravirgem que entra no mercado nacional.
A entidade apresentou nove demandas aos Ministérios da Justiça e da Agricultura, além da Secretaria de Comunicação da Presidência, em busca de apoio para garantir a qualidade dos produtos disponíveis para os consumidores brasileiros.
O presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes, se encontrou com o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, que se comprometeu a encaminhar as demandas da entidade para os órgãos responsáveis.
Em seguida, o instituto realizou uma apresentação dos azeites extravirgens produzidos no Brasil, com degustação, no Ministério da Justiça, ao diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, Ricardo Blattes.
Fernandes destacou que a pauta das fraudes e da classificação errônea dos azeites extravirgens no Brasil terá andamento em uma reunião interna do Ministério da Agricultura, para a qual foram solicitados novos subsídios.
Além da fiscalização dos azeites nacionais e importados, o Ibraoliva também solicitou aos ministérios uma compreensão mais ampla dos benefícios fiscais e acordos comerciais dos produtos importados, bem como a retirada posterior desses benefícios.
O instituto pediu apoio do Ministério da Agricultura junto ao Ministério da Economia para ingresso do Brasil no Conselho Oleícola Internacional (COI) e facilitação e orientação para exportação do azeite brasileiro.
Fernandes salientou que é necessária uma intensificação do trabalho sobre o Painel Sensorial, certificado pelo COI e pertencente ao Ministério da Agricultura.
O Painel é formado por um grupo de pessoas treinadas para provar um azeite e identificar nele aromas e sabores que, conforme a presença ou não de defeitos, podem indicar se um azeite é virgem, extravirgem ou lampante, que é como os azeites são classificados pela legislação brasileira.
O objetivo é uma implementação mais forte e um trabalho de divulgação das análises que estão sendo feitas com este índice alto de reprovação.
O Ibraoliva possui uma campanha permanente para esclarecer a diferença entre azeite virgem e extravirgem e alertar sobre os produtos que ingressam no país com classificação equivocada, gerando confusão entre os consumidores que podem ser lesados não só economicamente, como também em sua saúde.