Com 33% da produção do país, Santa Catarina destaca-se como o maior produtor nacional de cebola. Segundo informações divulgadas pela CNA, para manter a excelência e a liderança no setor, os produtores concentram esforços utilizando as melhores práticas produtivas e tecnologias avançadas. Apesar dos desafios climáticos e de mercado, como os elevados custos de produção, tudo indica que essa safra terá um expressivo desempenho.
+ Goiás deve crescer produção de arroz e feijão ante a tendência de queda no país
+ Produtores rurais da Bahia investem nas lavouras de feijão
De acordo com o Boletim Agropecuário da Epagri, divulgado em dezembro de 2022, o desenvolvimento das lavouras, de modo geral, é considerado bom. Além disso, as estimativas para a safra 2022/2023 apontam para uma colheita de 514.715 mil toneladas no estado.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Sistema Faesc/Senar-SC) e vice-presidente de finanças da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Zeferino Pedrozo, reconhece o importante potencial catarinense na produção de cebola e frisa que os avanços resultam do comprometimento dos produtores com a inovação.
O dirigente salienta que a cebola é uma das principais hortaliças com expressiva importância econômica no estado e em todo o país. “Os sistemas de produção são variados e inovadores, a cadeia produtiva está bem estruturada e conta com apoio de entidades, órgãos, agentes financeiros, instituições de pesquisa, entre outros, que são essenciais para o fortalecimento dos negócios do setor ”.
A cebola de SC em números
O extensionista rural da Epagri, Daniel Schmitt, destaca que a área de produção catarinense tem oscilado muito pouco nos últimos 10 anos e têm ficado em torno de 17.500 hectares. A microrregião de Ituporanga é a de maior produção no estado, com 8.198 hectares, responsável por 46,51% da área plantada, seguida pela microrregião do Tabuleiro, situada na situada na mesorregião da Grande Florianópolis, com 3.180 hectares, o equivalente a 18,04% da área.
A microrregião de Joaçaba ocupa a terceira posição, com 1.832ha, ou 10,39%, e a microrregião de Rio do Sul, com 1.545 hectares, significando 8,76% da área plantada no estado. As demais microrregiões (Tijucas, Canoinhas e Campos de Lages) somam 2.870 hectares, perfazendo 16,83% da área plantada.
O presidente do Sindicato Rural de Ituporanga, Arny Mohr, ressalta que a produção é fundamental para o movimento econômico do município, reconhecido como a capital nacional da cebola.
“Nossas expectativas para a safra 2022/2023 incluem aumento da produtividade e disponibilização, ao mercado, de um produto com excelente qualidade. Entre as importantes características da cebola catarinense está o fato de serem reconhecidas no mercado nacional por terem coloração mais vermelha e mais casca”.