Antes de seguirem para a COP26 – a Conferência do Clima – em Glasgow, na Escócia, os 20 países mais ricos se reúnem no fim de semana em Roma.
Na agenda está o estabelecimento de medidas urgentes para manter o objetivo de limitar o aquecimento do planeta a 1,5ºC.
Um esboço de acordo traça a argumentação preparatória do G20 para alavancar ações concretas, a serem discutidas na 26ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Nós nos comprometemo a enfrentar o desafio existente das alterações climáticas”, dizem os 20 países mais ricos do mundo,de acordo com as primeiros tópicos do comunicado da reunião de Roma. O compromisso é visto como trampolim fundamental para atenuar a crise climática, antes da COP26, na Escócia.
Segundo documento-esboço, os líderes do G20 deverão reconhecer que se o aquecimento puder ser limitado a 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais, os impactos das mudanças climáticas são “muito mais baixos” do que se a temperatura subir em 2ºC.
As nações desenvolvidas deverão também se comprometer a aplicar “ações imediatas para alcançar a meta de 1,5ºC”, diz o documento.
Esse compromisso já vem, pelo menos, desde 2015, com o Acordo de Paris, no qual os signatários tinham acordado em manter o aquecimento global “abaixo” de 2ºC.
Destacando os episódios climáticos extremos, a comunidade científica tem insistido em limitar a subida da temperatura, sob pena de o planeta sofrer uma catástrofe ambiental.
“Atendendo ao apelo da comunidade científica, observando os alarmantes relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e cientes de nosso papel de liderança, comprometemo-nos a enfrentar o desafio existente das alterações climáticas”, destaca o G20. “Reconhecemos a importância fundamental de alcançar emissões líquidas globais de gases de efeito estufa ou neutralidade de carbono até 2050”, acrescenta.
A data “2050” está entre aspas no documento-esboço, indicando que o ano poderá estar sujeito a negociação.
Entre os países que compõem o G20 estão o Brasil, a China, Índia, Alemanha e os Estados Unidos. São responsáveis por 80% do Produto Interno Bruto mundial, 60% da população e cerca de 80% das emissões globais de gases de efeito estufa.
O grupo dos 20 países reafirmou o compromisso de “eliminar e racionalizar” os subsídios aos combustíveis fósseis até 2025 e reduzir o uso do carvão para produzir energia. O carvão é apontado como o principal poluente que contribui para o aquecimento global.
“Faremos o máximo para evitar a construção de novas centrais elétricas a carvão”. Eles alertam que, para esse objetivo, devem ser levadas em conta as circunstâncias nacionais e acrescentam que irão implementar um sistema energético “amplamente descarbonizado” na década de 2030.
No documento inicial, os países se comprometem também a cortar emissões coletivas de metano,”substancialmente” até 2030, prazo que aparece entre parênteses.
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