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Ministério da Agricultura registra novos defensivos para agricultores

Dos 47 defensivos agrícolas registrados no Mapa, 12 são considerados de baixo impacto ou de base biológica

O Ato n° 47 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta quarta-feira (17), no Diário Oficial da União, traz o registro de 47 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, 12 são considerados de baixo impacto ou de base biológica.

Dos produtos de baixo impacto registrados na data de hoje, três deles são compostos por novos microrganismos. Um com o Trichoderma afroharzianum, autorizado para controle de diversas doenças fúngicas e dois produtos com o Chrysoperla externa, inseto predador que é inimigo natural de diversas pragas.

Os demais produtos de baixa toxicidade são compostos dos organismos Telenomus podisi, Bacillus thuringiensis var. kurstaki isolado, Trichoderma asperellum, Beauveria bassiana, Metarhizium anisopliae e baculovirus da Spodoptera frugiperda. Esses baculovirus são vírus específicos de lagartas, sendo inofensivos a seres humanos e outros animais.

O outro produto inédito é um herbicida com o ingrediente ativo Halauxifeno Metílico para controle de plantas daninhas na cultura de soja como a buva (Conyza bonariensis) e o capim amargoso (Digitaria insularis). Esse produto é apresentado em associação com o ingrediente ativo Diclosulan, já autorizado no território nacional.

“Apesar de ser o primeiro registro no nosso país, o ingrediente ativo Halauxifeno Metílico já é amplamente utilizado em vários outros países como Estados Unidos e Austrália, bem como na União Europeia”, explica a coordenadora substituta de Agrotóxicos e Afins, Marina Dourado.

Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

Trator fazendo a aplicação de defensivos agrícolas
Foto: Canal Rural

Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

Produtos de controle biológicos

Com o registro desses 12 produtos, já somam 77 produtos de baixa toxicidade para o controle de pragas registrados em 2021. Em 2020, ano recorde de registro de biopesticidas, foram registrados 95 produtos desse tipo.

“Até uns três anos atrás grande parte dos produtos que eram utilizados para o controle de pragas eram de origem química e poucos de origem biológica. Porém, esse cenário vem mudando e hoje percebemos que os produtos de origem biológica vêm ganhando mercado. Isso é demonstrado pelo crescente de registro de produtos de baixo impacto para controle de pragas”, destaca Dourado.

Atualmente, soma-se um total de 488 produtos de baixo impacto disponíveis para os produtores.