Agricultura

Poder de compra de fertilizantes piora em julho, mostra indicador

O aumento dos fertilizantes é consequência da preocupação de recessão global, com indicadores de crescimento reduzidos

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF) de julho fechou em 1,85, uma alta em relação a junho (1,69). O índice é divulgado mensalmente pela Mosaic Fertilizantes, uma das maiores produtoras globais de fosfatados e potássio combinados.

O aumento dos fertilizantes é consequência da preocupação de recessão global, com indicadores de crescimento reduzidos da economia chinesa e alta na inflação norte-americana.

Isso têm contribuído com a aversão ao risco, que favorece o aumento do dólar que, em julho, valorizou cerca de 6% em relação à moeda brasileira.

Estes fatores levaram a uma queda no valor das commodities agrícolas, pressionando o indicador.

A redução de preços foi registrada, principalmente, no algodão e na soja.

A recuperação das cotações no fim do mês, por problemas climáticos nos Estados Unidos, que podem gerar quebra na safra de soja, não foi suficiente para recuperar a perda mensal. O custo dos fertilizantes diminuiu em julho, puxado pelo nitrogênio.

Entendendo o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF)

O IPCF consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas.

Uma relação menor que 1,0 indica que os fertilizantes estão mais acessíveis do que no mesmo período em 2017, e uma relação maior que 1,0 significa que os adubos estão menos acessíveis em comparação com o mesmo período.

O cálculo do IPCF leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.