Anghonini mostrou a importância do manejo integrado na cultura de arroz orgânico e também na produção de soja de várzea – produzida inicialmente para controlar o arroz vermelho, mas que vem se mostrando como uma opção de renda nas regiões produtoras de arroz do Rio Grande do Sul. Segundo ele, com o manejo adequado do solo, pode-se diminuir os gastos com adubação.
Nas áreas plantadas com arroz, ele destacou o manejo da adubação e o consequente aumento de produtividade com a adoção dessa prática. Na soja de várzea, Anghonini chamou atenção para o manejo da água, mostrando opções como a semeadura em camalhão, a drenagem por sulcos e a irrigação para controlar a umidade do solo.
O agrônomo ainda sugeriu a integração com a pecuária como forma de diminuir o uso de adubos no solo. Para ele, o animal pode funcionar como um reciclador de nutrientes.
– Em vez de adubarmos a soja, o milho, vamos adubar as pastagens. O animal vai devolver a adubação para o solo, e pode ser que não precisemos mais adubar tanto as áreas de grãos.
Pedro Escosteguy concentrou sua palestra na adubação de soja, trigo e milho na região do Planalto. Na cultura da soja, o agrônomo destacou as boas práticas no uso de nitrogênio, como a época correta de uso e a quantidade adequada que o solo necessita.
Nas culturas de trigo e de milho, o agrônomo também alertou o produtor para o uso do nitrogênio no momento adequado, o que pode evitar aplicações desnecessárias na lavoura.
– Se temos nitrogênio disponível no solo, não precisamos fazer mais aplicações – diz.
Escosteguy mostrou ainda possibilidades de correção de solos com uso adequado de fósforo e potássio, além dos tipos corretos de adubação, como no sulco e a lanço, dependendo da característica do solo.