— Vai ser um ano tranquilo. Se não tivermos nenhum problema climático, veremos uma recuperação — afirma.
De acordo com a mais recente projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de 7 de fevereiro, o Brasil deve colher recorde de 185 milhões de toneladas de grãos, 11,3% a mais do que na safra passada. Com relação à cana, o mercado estima safra recorde de cerca de 580 milhões de toneladas. Por conta disso, espera-se recuo de preços das commodities, “mas não deve ser uma queda muito grande”, comenta Kátia Abreu.
Segundo ela, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária, que caiu 2,3% ante 2011, já era esperado, por causa “de uma série de fatores”.
— Os preços altos do milho prejudicaram muito. Não os produtores de milho, mas os de suínos, de aves, de carnes, que dependem de ração. Também tivemos uma quantidade enorme de pragas, inclusive uma lagarta nas lavouras de soja que causaram gastos de R$ 100 milhões — disse.
A presidente da CNA, em comunicado, afirma que o PIB negativo “reforça a necessidade de se aperfeiçoar os instrumentos de gestão de risco no agronegócio brasileiro, em especial do seguro rural.
— É a única maneira de manter a renda estabilizada e o nível de investimentos, minimizando os reflexos no setor.