Os dados foram divulgados nesta quarta, dia 10, pelo IBGE. O setor agropecuário avançou 3,8% entre abril e junho. O setor de serviços cresceu 1,3% e o industrial, 0,9%.
No acumulado do primeiro semestre, a economia brasileira cresceu 6%, em comparação com o mesmo período do ano anterior. É o maior nesse tipo de comparação desde 2004. No período, a indústria cresceu 6,3%, o setor de serviços, 5,3% e a agropecuária, 5,2%.
Em entrevista ao Agribusiness Online, nesta quarta, o sócio-diretor da Unibusiness, Matheus Kfouri, analisou que os resultados do setor agropecuário refletem, principalmente, o desempenho das principais commodities agrícolas, com uma alta nas cotações que compensou, de certa forma, a desvalorização do dólar frente ao real.
Kfouri destacou, porém, que, há uma mudança nesse cenário, que pode refletir no desempenho do setor no semestre que se encerra em setembro. Agora é o dólar que valoriza e as commodities que caem.
– Mesmo assim, a balança final para o produtor, de julho para cá, não terá um impacto tão positivo quanto o desses números divulgados pelo IBGE.
O diretor da Unibusiness acrescentou que dificilmente será atingido o que considera o ponto de equilíbrio entre as cotações das principais commodities agrícolas e o dólar. Matheus Kfouri explicou que a tendência continua de queda nos preços dos produtos, mas ponderou que a valorização da moeda americana não seguirá o mesmo ritmo.
– O produtor vai sentir no bolso. O câmbio pode ajudar um pouco em custos de fertilizantes e de defensivos e nas vendas de produtos. Mas não conseguirá manter a remuneração dos últimos seis meses.