Aos poucos o país retoma os empregos perdidos por causa da crise mundial. O número de contratações, no mês de agosto, superou as expectativas do governo em todas as regiões. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho mostram que o número de carteiras assinadas chegou a 242,12 mil, um crescimento de 0,75% em comparação com julho, e o melhor resultado desde o começo do ano.
O bom desempenho se deve a expansão de diversos setores da economia. Pela primeira vez no ano, a indústria de transformação deu lugar ao setor de serviços na lista dos que mais contrataram: foram 85 mil admitidos. Na seqüência vem comércio, construção civil e administração pública.
Esbanjando otimismo, Carlos Lupi disse que os empresários que optaram por demissões no começo da crise, agora estão tendo que contratar.
? Não acreditaram na força do mercado interno e não acreditaram que a macroeconomia brasileira estava muito saudável. Agora está tendo que contratar para atender à demanda, principalmente do mercado interno ? declarou o ministro.
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O setor rural foi o único que apresentou saldo negativo em agosto. Foram fechados 11,24 mil postos de trabalho. O número de contratações não conseguiu superar o de demissões. Mas para o Ministério do Trabalho esse resultado era esperado, isso por causa da sazonalidade da agropecuária.
? Nós vamos ter isso no Sul, Minas Gerais e São Paulo. Já no Nordeste não. Lá você começa a ter o plantio da cana de açúcar por causa do clima da região. Então temos na agricultura resultados negativos ainda nesse período, mas no final será positivo ? disse Lupi.
No acumulado do ano, a agricultura apresentou crescimento no número de empregos, foram 147 mil contratações. Apesar do otimismo do governo, a economia brasileira ainda não conseguiu recuperar os quatrocentos mil postos de trabalho fechados em dezembro, período considerado mais crítico pelos empresários.
