O milho, que teve quebra de 54% da safra em decorrência da estiagem que atingiu o Estado desde novembro de 2011, apresentou o maior recuo, de 44,3%, seguido do fumo (-21,6%) e do arroz (-13,5%), que também puxaram a queda do setor.
O PIB trimestral também mostra que a indústria ficou praticamente estagnada, com um avanço de 0,9%, garantido pelo crescimento de construção civil (ganho de 4,5%) e das demais indústrias, que inclui óleo e gás (ganho de 8,7%). Já indústria de transformação recuou 1,1%, e o setor de serviços cresceu 2,4%, na comparação com o começo de 2011.
Segundo os dados da FEE, no acumulado de quatro trimestres, o PIB gaúcho cresceu 3%. Setorialmente, a agropecuária caiu 3,2%, a indústria cresceu 2,1% e serviços cresceu 4,2% no período.
Exportações caem no primeiro semestre
A Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) também divulgou nesta segunda o levantamento sobre as exportações do Estado no primeiro semestre de 2012. Conforme os dados, as comercializações externas recuaram 8,1% nos primeiros seis meses do ano, na comparação com o mesmo período de 2011, somando US$ 8,51 bilhões em negócios.
A queda nos embarques das commodities chegou a 19,6%, puxada pelo recuo da soja. O baixo desempenho da agricultura na pauta de exportações é consequência da estiagem que afeta a produção do Estado desde novembro do ano passado.
A indústria somou US$ 6,76 bilhões em embarques, queda de 5,9% no período. Dos 25 segmentos industriais, 14 recuaram, com destaque para o desempenho negativo de coque e derivados de petróleo (-76,6%) e couro e calçados (-28,5%), setor prejudicado fortemente pelas barreiras protecionistas impostas pela Argentina. O balanço da Fiergs apontou ainda que, mesmo sendo o segundo maior mercado brasileiro, a Argentina comprou 17% menos no período. A China ainda é o país que mais importa do Rio Grande do Sul.
Entre os Estados exportadores, o Rio Grande do Sul caiu da quarta para a quinta posição ao responder por 7,3% da pauta brasileira. A liderança ficou com São Paulo (23,2%), seguido por Minas Gerais (13,8%), Rio de Janeiro (12,4%) e Paraná (7,5%), segundo a entidade.