? As regionais do Banco do Brasil e cooperativas locais foram a campo hoje para avaliar os efeitos das geadas do último final de semana, que foram intensas ? disse.
A colheita nessas regiões tinha chegado apenas a 10% da área plantada; 40% estavam em fase de enchimento de grão e 50% em fase de maturação. Segundo Pimentel, as baixas temperaturas romperam os grãos em parte das lavouras.
O analista disse que as perdas do milho safrinha em Mato Grosso (de 1,5 a 1,7 milhão de toneladas) por causa da seca, e no Paraná e Mato Grosso do Sul, por causa da geada, mostram que a cultura de inverno tem ainda grande potencial de risco apesar de toda a tecnologia que tem sido empregada no plantio.
? Embora a produção tenha dado certo nos últimos quatro anos, o elemento risco não desapareceu ? disse Pimentel.
Ele relembrou o fato de a produção de milho verão estar perdendo espaço para a safrinha, plantada no inverno, por causa da maior rentabilidade da soja, tendência que deve continuar na próxima safra. Para ele, isso aumenta o risco de perda na produção brasileira como um todo, justo em um momento em que a China dá sinais de se tornar um grande importador de milho.
? O atual sistema produtivo de duas safras, com plantio de soja precoce e milho em seguida, empurra o plantio do cereal para período de maior risco ? disse Pimentel.
O especialista fez hoje palestra sobre a gestão de risco no Agronegócio durante Crop World South America 2011.