Segundo a AgRural, houve “pequenos ajustes para baixo na produtividade média esperada em alguns Estados, com destaque para Mato Grosso do Sul e Goiás”, informa a consultoria. Os dois Estados têm produtividade estimada em 48,3 sacas e 50 sacas por hectare, respectivamente, em comparação com 51,7 sacas e 52 sacas na estimativa de dezembro. Esses ajustes levaram a uma redução de 0,6 saca por hectare na média do Brasil, estimada agora em 50,2 sacas por hectare.
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Conforme a consultoria, cerca de 4% da área de Mato Grosso, principal Estado produtor, estava colhida até sexta, dia 17, em comparação com 3% no ano passado. A região mais adiantada é o oeste, com 8%. A área total com soja em Mato Grosso na safra 2013/2014 está projetada em 8,3 milhões de hectares. No oeste de Mato Grosso, o clima está ideal para esta época do ano.
– As chuvas aparecem de forma generalizada e com bons volumes, o que beneficia as lavouras de ciclo médio e tardio, além de manter umidade para o plantio da safrinha – informa a AgRural. Intercalando com as precipitações, o tempo firme permite a colheita, o plantio de algodão e milho e a aplicação de agrotóxicos. Em Sapezal, onde a colheita alcança 15% com produtividade média em 54 sacas por hectare, os comentários são de que esta será a melhor safra já colhida na região, caso o tempo não mude nas próximas semanas.
Também já há colheita em outros Estados. O porcentual é de 1% em Goiás e Rondônia. Na média brasileira, 1% da área está colhida, mesmo porcentual de um ano atrás.
O sudoeste de Goiás passou por um veranico no início de janeiro, diz a AgRural. No começo da semana passada, porém, voltou a chover em parte da região, beneficiando as lavouras que ainda estão enchendo grãos. Em Itumbiara, na divisa com o Triângulo Mineiro, as chuvas estão escassas e os termômetros têm passado de 30 graus todos os dias. Outra região que precisa de chuva com urgência é o entorno de Brasília (DF).
De acordo com a AgRural, as chuvas voltaram ao Mato Grosso do Sul, especialmente na porção sul do Estado, e produtores com soja pronta no campo agora esperam aberturas de sol para colher. As chuvas são bem-vindas para as lavouras ainda em desenvolvimento, mas chegaram tarde demais para a soja precoce.
No Paraná, as chuvas que caíram sobre o oeste dificultaram o avanço das máquinas, mas os trabalhos devem ser retomados. No norte, as chuvas estão mais regulares em Maringá e com volumes menores em Londrina, mas as perdas esperadas são pequenas, de 2 a 3 sacas por hectare.
Em algumas regiões do Rio Grande do Sul, a falta de chuva em dezembro provocou uma redução no porte das plantas. Mas agora, sob condições mais favoráveis, elas estão emitindo mais ramos e as linhas de plantio vão se fechando. A safra vai bem, mas a maior parte dela ainda está em desenvolvimento vegetativo. Segundo a AgRural, isso significa que as lavouras ainda têm um longo caminho até a definição da produtividade.
No Oeste da Bahia, as chuvas irregulares da primeira quinzena de janeiro não foram suficientes para manter a umidade do solo. Por isso, é preciso que as chuvas voltem à região já nesta semana. Em Luís Eduardo Magalhães, 20% das lavouras estão em florescimento. Áreas irrigadas devem começar a ser colhidas a partir do dia 25.
Chove bem no Tocantins e os produtores estão otimistas com a safra. A partir de 5 de fevereiro, as máquinas deverão entrar colhendo a soja mais precoce, cuja produtividade é estimada entre 50 e 55 sacas por hectare. A chuva insiste em não voltar ao Piauí, onde algumas áreas não recebem umidade há 20 dias. Essa situação começa a preocupar os produtores, especialmente os que já têm lavouras em estágios reprodutivos. Ainda é cedo para falar em perdas, mas, se a estiagem continuar, haverá redução na produtividade.
Pancadas de chuva regulares estão ocorrendo no Maranhão e a umidade do solo foi normalizada na maior parte do Estado. Produtores que optaram por plantar soja precoce já devem começar a colher no fim deste mês.
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