As estimativas são 300 mil barris diários mais altas que as previsões anteriores, em boa parte por causa das expectativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) de um crescimento econômico global robusto. A AIE espera ainda que o crescimento da demanda se desacelere de 2,1 milhões de barris diários neste ano, em comparação com o ano passado, para 1,2 milhão de barris diários em 2011. Os cálculos são baseados na estimativa do FMI de crescimento global de 4,7% em 2010 e de 4,2% em 2011. Caso o crescimento global seja de cerca de 3%, a demanda por petróleo cairá para 87,1 milhões de barris diários, segundo a AIE.
Com relação aos preços, a agência não se juntou ao coro dos que preveem cerca de US$ 100 por barril em 2011, depois que os contratos superaram US$ 80 por barril no início deste mês. No entanto, David Fyfe, editor do relatório, afirmou que se a demanda crescer à taxa anual de dois milhões de barris por dia em 2011, a oferta pode diminuir e os preços podem se acelerar.
O relatório da AIE também mostrou que o volume de petróleo não usado em nações industrializadas alcançou o segundo maior nível desde o início da pesquisa mensal, em 1984. Os estoques de petróleo em países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) subiu 15,8 milhões de barris, para 2.79 bilhões de barris.
Os estoques de petróleo em países da OCDE subiram para 61,1 dias de abastecimento em agosto – o maior nível desde agosto de 1998 e acima da estimativa de 60,5 dias em julho. No entanto, os dados preliminares indicam uma forte queda nos estoques dos países industrializados em setembro, de 31,7 milhões de barris.