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Alagamentos provocam perdas na safra de milho e feijão no norte da Bahia

Chuvas em excesso na cabeceira do rio São Francisco, em Minas Gerais, causam enchentes na regiãoO excesso de chuvas em Minas Gerais, na cabeceira do rio São Francisco, provoca enchentes também no norte da Bahia. As perdas nas lavouras de feijão e milho, segundo produtores, chegam a 80% da safra. O povoado de Bem Bom, no município de Casa Nova, vive duas situações extremas. Por um lado, a seca, que prejudicou a lavoura e a criação de animais. Por outro, inundações provocadas pelas cheias no manancial. Conforme o engenheiro agrônomo Hamilton Santos da Silva, as plantas submersas servem de al

– Como está chovendo bastante na cabeceira do rio, ele está chegando mais cedo. Assim, ele acaba prejudicando a continuação do cultivo deste feijão. Se, por ventura, esse rio atrasasse um pouco mais e houvesse chuvas suficientes para esse feijão se desenvolver, com certeza, nós teríamos uma produção interessante, que ajudaria os produtores a ter uma rentabilidade razoável para o ano – explica.

O produtor rural Ailton César Gil de Brito relata que, como as chuvas não foram suficientes para que a plantação fosse feita na área mais alta, os agricultores optaram pelo risco de cultivar nas vazantes às margens do rio.

– A questão das chuvas aqui está difícil mesmo. Elas demoraram e só restou a vazante mesmo para o feijão brotar – lamenta.

O também agricultor Maurílio Guedes da Silva aponta que a expectativa de cheia do São Francisco era para o final do mês de fevereiro.

– A gente esperava que ele viesse de fevereiro para março. A gente não esperava que ele chegasse neste momento. Então, nos pegou de surpresa. Está chovendo muito em Minas Gerais e nós estamos sendo prejudicados também. O prejuízo é grande. A economia de Bem Bom está embaixo d’água, não tem mais – afirma.

Silva acrescenta que a velocidade com que as águas avançam é cada vez maior e já atrapalha a alimentação dos animais.

– O rio está encobrindo muito rápido. Os animais não estão dando conta de aproveitar os alimentos que estão em cima da terra. E até nisso vai prejudicar os criadores, que não têm alguém para nos ensinar a fazer a silagem – relata.

Mais de 100 produtores familiares dependem das plantações de feijão e milho às margens do rio. Eles temem falta de assistência após a perda das lavouras, em função de a localidade ser de difícil acesso.

– Não tem apoio de autoridades. Nós estamos aqui parados e queremos saber o que fazer para aproveitar os alimentos que vão ser perdidos com água – aponta Silva.

Em nota, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) se comprometeu a tomar medidas emergenciais de auxílio à população de Bem Bom. E afirma ter mobilizado “imediatamente técnicos da sua equipe, para realizar o levantamento sobre a situação real de perda da safra; buscar, em conjunto com os produtores da localidade, soluções adequadas ao problema, considerando a característica peculiar da comunidade; fazer a distribuição, imediata de sementes de feijão e milho para que os agricultores familiares possam realizar o replantio; elaborar um novo projeto de produção de grãos, orientando, principalmente, como escolher o melhor local para a produção de grãos buscando, assim, evitar que o problema apresentado se repita em outras safras; assumir o compromisso de intensificar as ações de Ater, na comunidade e apresentar novas tecnologias acessíveis à agricultura familiar visando melhorar a produção/produtividade local, a exemplo da utilização de sistemas de irrigações (gotejamento e com garrafas PET)”.

Confira a localização do município de Casa Nova (BA):
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