? A missão que tem Aldemir Bendine é manter esses critérios de segurança e responsabilidade e, ao mesmo tempo, ousadia na liberação de crédito, redução de spread e das taxas de juros. Tudo isso tem que ser algo sintonizado ? disse o ministro.
Bendine, que trabalhava na vice-presidência do banco, ressaltou que a principal meta vai ser a redução do spread, a diferença entre a taxa paga pelos bancos na captação do dinheiro e o que é cobrado dos clientes.
? Nós estamos entrando cada vez mais numa economia mais sólida, e nós vamos combater, é lógico, do ponto de vista da rentabilidade, a queda do spread com nosso aumento de volume, capacidade que o banco tem e vai aproveitar esse momento para fazer ? disse Bendine.
Lima Neto, que fica no comando até 22 de abril, negou ter sofrido pressão para sair. Ele se limitou a dizer que cumpriu um ciclo de muito trabalho.
? Sequência de carreira, de acabar um desafio e satisfeito de ter concluído passos importantes na gestão do Banco do Brasil com apoio do governo, em especial do Ministério da Fazenda.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva evitou comentar as razões do afastamento de Lima Neto. Rumores no Palácio do Planalto davam indícios de que o motivo seria as altas taxas de juros. Ao deixar o primeiro encontro de comunicadores, em Brasília, Lula afirmou apenas que a redução do spread bancário é uma obsessão dele neste momento.
? Nós precisamos fazer o spread voltar à normalidade no país. Este é um dado. O Guido sabe disso, o BB sabe disso, a Caixa sabe disso e o BC sabe disso ? completou . ? Não há nenhuma necessidade de o spread bancário ter subido tanto no país de julho até agora ? afirmou.
O presidente disse que “obviamente, quem tem bancos públicos, como o Brasil, pode começar a fazer a tarefa de reduzir o spread bancário”.