Os investimentos diretos e indiretos feitos por empresas alemãs no Brasil atingem US$ 25 bilhões, de acordo com dados divulgados pela assessoria de imprensa da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. Os setores mais atrativos para o empresariado alemão são indústria automobilística, autopeças, máquinas e ferramentas, indústria química e farmacêutica, considerados tradicionais.
Durante muito tempo, a Alemanha foi o principal investidor estrangeiro no Brasil, mas perdeu essa posição no fim dos anos 80. A queda dos investimentos alemães coincidiu com dois fatores – a maior abertura do Brasil a investimentos estrangeiros e a preocupação alemã com a integração interna, a partir da derrubada do muro de Berlim – segundo o diretor do Centro de Estudos da Fundação Konrad Adenauer no Brasil, Wilhelm Hofmeister. A instituição comemora este mês 40 anos de atividades no país.
Segundo ele, os recursos da Alemanha foram canalizados para a Alemanha Oriental e para a Europa Oriental.
? Por essa razão, houve uma certa redução do investimento alemão no Brasil. Por outro lado, a abertura do Brasil deu espaço para a entrada de novos investidores. E eles aproveitaram bem essas novas oportunidades ? disse Hofmeister.
Ele observou, contudo, que a Alemanha ainda é um investidor importante no Brasil. Citou, como exemplo, o investimento de 5 bilhões de euros do grupo ThiessenKrupp no Rio de Janeiro, para criação da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). O projeto tem como sócio minoritário a mineradora Vale e prevê gerar 3,5 mil empregos diretos e até 14 mil indiretos.
De 12 a 15 deste mês, a Câmara Brasil-Alemanha promove a 1ª Feira de Tecnologias Sustentáveis Brasil-Alemanha (Ecogerma), em parceria com a Embaixada da Alemanha no Brasil e o Consulado Geral da Alemanha em São Paulo. Nos dias 19 e 20 próximos, a Fundação Konrad Adenauer realiza simpósio no Rio de Janeiro sobre os 40 anos de desenvolvimento político e cooperação internacional no Brasil, celebrando sua atuação no país.