? Creio que já temos alguns resultados importantes e aquela sensação de descontrole inflacionário sumiu ? disse, no Seminário Internacional sobre Justiça Fiscal promovido pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
Para Tombini, os últimos números mostram que a inflação está convergindo para as metas de 4,5% para o ano. O presidente do BC citou, como exemplo, que a inflação mensal chegou a girar em torno de 0,80%. Em maio, já havia recuado para 0,47% e no bimestre de junho e julho já apontava para aumento de 2% anualizado, ainda que sejam meses de inflação mais fraca. Ou seja, em trajetória de desaceleração.
Tombini ressaltou que o mercado financeiro prevê para o período até o fim do ano média mensal de 0,38% de aumento dos preços. O número, segundo o presidente do BC, “está alinhado com a meta de inflação de 4,5%”.
Tombini repetiu a avaliação de que a inflação acumulada em 12 meses deve apresentar redução significativa a partir de setembro, já que o aumento dos preços foi bastante elevado em agosto de 2010. A partir do próximo mês, esse aumento será retirado do acumulado em 12 meses.
Estratégia ampla
O presidente do Banco Central explicou que a desaceleração da inflação é resultado de um esforço conjunto executado desde o início do governo de Dilma nas áreas monetária e fiscal.
? Com um diagnóstico sobre as causas da inflação, o BC e o governo adotaram uma estratégia ampla de combate à inflação para trazer o indicador brasileiro ao objetivo do nosso regime, que é 4,5% ? afirmou.
Tombini lembrou do corte orçamentário de R$ 50 bilhões anunciado no início do governo Dilma.
? A política fiscal contribui porque afeta as condições de renda disponível.
Outra estratégia citada foi o aperto das condições do mercado de crédito, que atualmente cresce, mas com um ritmo menor.
? Além disso, o BC também elevou a taxa Selic (juro básico da economia) em 1,75 ponto porcentual, o que também ajudou no processo de convergência da inflação para a meta ? completou Tombini.
O presidente do BC reiterou o compromisso da autoridade monetária de alcançar a meta de 4,5% para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2012.