Já na safra atual, este sistema de plantio deve ocupar um espaço muito maior no Estado. Estima-se que passe de 50 mil hectares, podendo fechar entre 52 e 55 mil hectares. Segundo especialistas, a produtividade praticamente não sofre alterações, porém o rendimento da fibra é relativamente menor.
Enquanto o algodão convencional tem taxas de rendimento de até 40% de fibra, no adensando este índice gira em torno de 33%. Uma das características que tornam o sistema menos oneroso é justamente o fato do ciclo deste tipo de algodão ser menor que o do convencional (redução em torno de 40 a 60 dias), o que significa despesas menores com tratamento químico das plantas. Estima-se que durante o ciclo da cultura do modo tradicional sejam necessárias mais de 20 aplicações de produtos na lavoura, o que corresponde a uma média aproximada de uma aplicação por semana.
O algodão tradicional tem uma janela que vai de dezembro a meados de julho (plantio/colheita). No adensado este ciclo ocorre entre fevereiro e meados de julho. Além disso, como o número de plantas por hectare é maior, o uso de recursos hídricos acaba sendo otimizado. Em contrapartida, o manejo deve ser diferenciado e o produtor precisa dar mais atenção ao monitoramento de doenças e pragas. A vantagem estaria em permitir que o produtor faça uma safra de soja antes de cultivar o algodão.