O produtor Murilo Fritsch está na reta final do cultivo da soja na propriedade em Jaciara, sul de Mato Grosso, área que deve ser substituída após a colheita da leguminosa pelo algodão segunda safra, cultura com um cenário bastante promissor na safra 2021/22.
“O preço do algodão ficou muito bom em relação ao ano passado, e a expectativa para o ano que vem é de manutenção desse cenário, apesar do custo estar um pouco mais caro. Por enquanto não temos nada negociado, vamos esperar mais, pois acredito que o mercado vai melhorar mais. O preço do algodão no ano passado caiu muito por conta da pandemia, enquanto o consumo aumentou e o estoque mundial está baixo”, diz Fritsch.
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“Tanto algodão quanto milho se beneficiam com a antecipação do cultivo da soja. É importante falar que algumas regiões estão bem adiantadas, mas tem regiões que ainda não está chovendo regularmente. O que a gente espera é que se normalize porque ainda dá tempo de ter uma boa janela tanto milho quanto para o algodão”, ressalta o diretor executivo Instituto Mato-grossense do Algodão (IMA), Álvaro Salles.
Para a safra 2021/2022 a projeção é que sejam semeados 1,09 milhão de hectares de algodão em Mato Grosso, avanço de 13,3 % em relação à safra anterior, com estimativa de produtividade em torno de quase 300 @ por hectare, salto inicial de 3,2% em relação ao ano passado. A produção prevista é de 4,7 milhões de toneladas em caroço e 1,9 milhão de toneladas de pluma. De acordo com o setor, o cenário otimista para o mercado da fibra está atrelado ao preço futuro da pluma e a demanda aquecida devido à retomada da economia global.
“Constando todos os custos com elevação tinha que estar mais de R$ 100 por arroba de pluma, já que no ano passado se trabalhou com R$ 70, R$ 75. Não é o nível máximo do que a gente gostaria, mas está bem melhor que o ano passado, então isso faz com que os produtores fiquem um pouco mais animados. Agora o que vai determinar mesmo é a janela de plantio. Até o final de janeiro é uma janela muito boa, mas do final de janeiro para frente começa ter um decréscimo da capacidade de ter uma boa produtividade, onde o risco é maior de ter falta de chuva no final do cultivo, cuidar bem da lavoura para colher bem”, complementa Salles.