? O acordo foi emblemático para que as decisões da Organização Mundial do Comércio sejam cumpridas à risca. Ele reforça a posição institucional da OMC, exatamente pelo fato de que, até hoje, nenhuma retaliação havia sido aplicada. Pior do que qualquer má negociação é a briga ? disse o ministro, ao participar do Seminário Agregação de Valor nas Cadeias Produtivas da Economia Brasileira, realizado em São Paulo.
? A qualquer momento que nós considerarmos que os EUA infringiram qualquer um dos compromissos, nós voltamos com a retaliação. Acho que isso é um passo dos mais importantes ? alertou.
Miguel Jorge ressaltou que a retaliações não estão suspensas, nem mesmo atrasadas.
? Não tem nada suspenso. Não está em ‘delay’ está ‘on hold’ ? declarou.
O ministro defendeu o acordo entre Brasil e EUA e reiterou que o governo não poderia exigir do Executivo americano que assumisse compromissos em nome do Congresso daquele país.
? Nós não poderíamos exigir do governo americano que acabasse com a Farm Bill, que está no Congresso e que a maioria dos congressistas decidiu aprovar. O que nós fizemos foi negociar várias questões que melhoram as condições dos nossos produtos em relação ao mercado internacional. No caso do algodão, um fundo de US$ 147 milhões é uma medida muito importante ? analisou.
De acordo com o ministro, a primeira parcela desse dinheiro deve ser depositada entre esta sexta, dia 18, e sábado, 19, numa conta aberta especialmente para o fundo.