Segundo o presidente da Guarani, Jacyr Costa Filho, a venda para a BR equivale a 80% da produção atual de etanol das usinas da Guarani, que atingiu 800 milhões de litros na safra 2010/11.
? Estamos ampliando o acordo feito quando a Petrobras comprou parte da Guarani, em abril de 2010, que previa apenas a venda de 50% do etanol produzido ? disse o executivo.
O novo contrato visa à obtenção de sinergia entre as duas empresas. A avaliação inicial é de que as sinergias gerem ganhos de R$ 7 milhões por meio de maior flexibilidade comercial e também de melhores condições logísticas.
? Este acordo dá continuidade ao processo de aproximação da Guarani do sistema Petrobras, em uma intensidade maior que se imaginava inicialmente ? disse o presidente da empresa, que não descarta novas negociações no futuro para ampliar a sinergia entre Guarani e sistema Petrobras.
Costa disse também que o acordo entra em vigor agora, na safra atual 2010/11 e que não serão necessários investimentos expressivos para sua operacionalização.
Expansão do etanol
Na safra 2009/2010, a Guarani processou 17,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, das quais 60% foram direcionados para a produção de açúcar e 40% para etanol. Com a entrada da Petrobras na empresa, a estratégia é expandir mais a produção do etanol, chegando a um mix de 50% de etanol e 50% de açúcar. Pelo acordo fechado em abril, a Petrobras deverá investir cerca de R$ 1,6 bilhão na Guarani, dos quais R$ 682 milhões já foram investidos.
O primeiro fruto desta associação foi registrado em junho, quando a Guarani adquiriu a Usina Mandú por R$ 345 milhões mais uma dívida de R$ 255 milhões. O perfil de produção da Mandú se enquadra na estratégia da empresa de elevar a produção de etanol. Na Mandú, 60% da cana são utilizados para a produção deste combustível e 40% para a de açúcar.