O presidente do grupo, Martin Richenhagen, vem ao Brasil uma vez por ano. E chegou em um momento de transição.
? Espero do próximo governo uma continuidade do que o outro governo fez, não só na agricultura, mas também na indústria. Agora é preciso ter uma visão de longo prazo ? diz Martin.
O CEO da AGCO defende a implementação de programas anuais para que o agricultor brasileiro e a indústria possam se planejar melhor.
? O nosso problema é a volatilidade dos mercados, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Isso nos força a cortar empregos em um ano para depois recontratar todo o pessoal. Precisamos de consistência, continuidade e estabilidade ? afirma.
A empresa lucrou cerca de US$ 1,7 bilhão com vendas no terceiro trimestre de 2010. A queda do dólar não muda o tom otimista do presidente da AGCO.
? Há sempre um perigo no câmbio, mas acredito que o preço das commodities estão bastante altos e o retorno da atividade agrícola vai ser robusto nos próximos anos ? diz.
A companhia pretende investir, ainda em 2010, US$ 25 milhões no Brasil. Os recursos vão ser utilizados na modernização das quatro fábricas que a AGCO tem no país.
A China também tem atraído investimentos da empresa. A posição forte do país no mercado global estimula parcerias. Martin Richenhagen chama a atenção para as vantagens competitivas que o mercado chinês oferece e faz um alerta:
? O Brasil precisa rever condições e custos de produção, simplificar impostos. É isso que vai manter o país competitivo no mercado global ? destaca.