Os pesquisadores emitem um pré-aviso com 48 horas de antecedência se detectam o avanço de massas de ar frio com potencial para causar geadas na região cafeeira do Paraná. Caso a progressão se confirme, 24 horas depois é emitido um segundo comunicado, validando o primeiro. Interessados em receber o alerta por correio eletrônico devem se cadastrar no endereço [email protected] .
Conforme o pesquisador responsável pelas pesquisas em cafeicultura do Iapar, Marcos Pavan, o aviso com 48 horas de antecedência tem certo grau de imprecisão, mas é lançado para que o cafeicultor fique atento e mobilize seu pessoal.
? Desse modo, ele pode executar rapidamente as medidas de proteção caso se confirme o risco de geada no segundo comunicado ? este sim, muito mais preciso ? afirma.
Proteção
Na iminência de uma geada em plantios de cafeeiros com até seis meses de idade, os pesquisadores recomendam o enterrio puro e simples das plantas, que devem ficar cobertas por, no máximo, 20 dias. No caso de viveiros, as mudas devem ser protegidas com cobertura vegetal ou de plástico, que deve ser retirada tão logo cesse o risco.
Em lavouras maiores (plantas entre seis meses e dois anos) a indicação é o “chegamento” de terra no tronco. Essa prática deve ser feita imediatamente, no mês de maio, e seu objetivo é proteger as gemas para facilitar a rebrota no caso de geada severa. A terra deve ser retirada até meados de setembro. Se isso não for feito, as plantas podem sofrer danos por “afogamento do caule” (lesões causadas por altas temperaturas).
Patrimônio
De acordo com o economista do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura, Paulo Sérgio Franzini, há aproximadamente 90 mil hectares cultivados com café no Paraná, dos quais cerca de 2,5 mil têm até dois anos de idade e devem ser protegidos de geadas. O Alerta Geada permanece em funcionamento de maio até o fim da primeira quinzena de setembro.