Algodão

Algodão: exportações seguem firmes e com melhor remuneração

De acordo com o Cepea, as vendas no mercado doméstico não tem sido tão rentáveis quanto as exportações do produto, sustentadas pela taxa de câmbio

plantação de algodão, zoneamento agrícola
Foto: Abapa

As exportações brasileiras de algodão seguem firmes e remunerando mais que as vendas no mercado doméstico, de acordo com pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). No entanto, o excedente interno ainda é expressivo e por isso, o país precisa continuar embarcando volumes ainda mais significativos nos próximos meses.

O centro de estudos afirma que uma nova safra deve chegar de forma intensa ao mercado, num contexto de baixo ritmo de produção industrial desde março e com isso, os preços do algodão em pluma estão se descolando dos internacionais.

Nesse cenário, enquanto as exportações seguem relativamente firmes, sustentadas pelos valores externos e pela taxa de câmbio, as cotações domésticas têm sido pressionadas. Entre 5 e 12 de maio, o indicador do algodão em pluma Cepea/Esalq, com pagamento em 8 dias, recuou 0,32%, fechando a R$ 2,6066 a libra peso nessa terça-feira, 12.

No Brasil, compradores estão retraídos. Boa parte das indústrias está com a produção paralisada ou reduzida, consumindo a matéria-prima estocada. Do lado vendedor, parte está flexível nos preços pedidos neste mês de maio, na tentativa de alguma efetivação de negócios. No entanto, outros agentes se retraíram das vendas, pois acham baixos os valores praticados, ou ainda se mantêm firmes nos pedidos.