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Assassinatos por conflitos no campo crescem 30% em um ano

Dados foram apresentados nesta terça pela Confederação Nacional dos Bispos do BrasilO número de assassinatos por conta de conflitos no campo cresceu 30% entre 2009 e 2010. Os dados foram apresentados nesta terça, dia 19, em Brasília, pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O relatório Conflitos no Campo Brasil 2010, apresenta 181 páginas de dados alarmantes. No ano passado, 34 trabalhadores foram assassinados em conflitos no campo, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT).

Só no Pará foram 18 mortes. Entre elas, estavam pessoas a espera de um lote ou que, simplesmente, cobravam o pagamento de salários. O Estado também lidera o ranking do trabalho escravo, com 73 casos, flagrado em todas as regiões brasileiras. Foram 204 casos no total, envolvendo mais de 4 mil trabalhadores.

No país, foram registrados 1186 confrontos pelo uso da terra, da água, ou por condições dignas de trabalho. O Nordeste teve o maior crescimento: o número ocorrências saltou de 320 em 2009 para 440 em 2010. Um aumento de 37,5%.

Para Dom Ladislau Biernaski, presidente da CPT, a solução está na reforma agrária.

? A reforma agrária é aquilo que vai atacar na raiz a questão dos conflitos, a falta de paz no campo ? afirmou.

Segundo o relatório, a Amazônia Legal concentra 65% dos casos de violência.

O professor da USP, Ariovaldo Umbelino de Oliveira, o problema está no campo mesmo.

? Estado, através do governo atual, via programa Terra Legal, está legalizando a terra grilada, até 1,5 mil hectares, na Amazônia Legal. Então, na medida que regulariza, aquele que teve sua terra legalizada se sente no direito e vai dizer: essa terra é minha. Mas nessa terra tem índio, ribeirinho, quilombola, então se instaura o conflito ? afirma.

O documento já foi encaminhado à Presidência da República e será entregue também à Secretaria Especial de Direitos Humanos e aos ministérios do Desenvolvimento Agrário, Minas e Energia e do Meio Ambiente como uma tentativa de mudar a atitude do governo com relação a estes conflitos.

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