A avaliação do Brasil é melhor nos itens como tamanho do mercado (10º no ranking) e sofisticação empresarial (31º), e pior nos itens ambiente macroeconômico (111º) e eficiência do mercado de bens (114º). O país também está bem colocado se avaliados os fatores de inovação e sofisticação (38º lugar no ranking dessa categoria), e nos promotores de eficiência (44º lugar), e pior nos requisitos básicos para a competitividade (86º).
O Brasil é colocado pelo WEF no grupo de países com estágio intermediário de desenvolvimento, impulsionado pela eficiência. Isso indica que, apesar da avaliação pobre nos requisitos básicos para a competitividade, se o país fosse avaliado pelos mesmos critérios que os países em estágio mais avançado de desenvolvimento, impulsionado pela inovação, poderia ter uma posição melhor no ranking geral.
O ranking anual é liderado pela Suíça, que manteve a posição do ano passado, seguida pela Suécia, que subiu duas posições, e por Cingapura, que manteve o terceiro posto. Os Estados Unidos caíram do segundo para o quarto lugar do ranking de 2009 e 2010.
Entre os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), a economia chinesa é a que está em melhor posição ? 27ª, dois postos acima do ranking de 2009. A região administrativa especial de Hong Kong, considerada separadamente no ranking do resto da China, manteve a 11ª posição. A Índia perdeu duas posições e aparece no 51º lugar, enquanto a Rússia manteve a 63ª posição.
A organização avalia que a melhora da situação do país no ranking nos anos anteriores havia sido uma consequência dos esforços dos últimos 20 anos para alcançar a estabilidade econômica, a liberalização e a abertura da economia, além da redução da desigualdade, entre outras coisas.
Na América Latina, o Chile é o que tem a economia mais competitiva, segundo o ranking, que o coloca na 30ª posição global. O México perdeu seis posições e ocupa o 66º lugar, enquanto a Argentina caiu duas posições, do 85º para o 87º lugar, por conta da inclusão de dois novos países na lista com avaliações melhores.
A avaliação do WEF analisa 12 itens considerados “pilares da competitividade”, divididos em três categorias ? requisitos básicos, promotores de eficiência e fatores de inovação e sofisticação. A primeira categoria, requisitos básicos, inclui instituições, infraestrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação primária.
Na segunda categoria de promotores da eficiência, o WEF considera a educação secundária e o treinamento, assim como a eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de trabalho, o desenvolvimento do mercado financeiro, o preparo tecnológico e o tamanho do mercado. Já na terceira, são analisadas sofisticação empresarial e inovação.
Para chegar à avaliação de cada país, a organização atribui um peso diferente para cada um desses 12 pilares, formados por uma série de outros subitens. O WEF também divide os países em cinco grupos diferentes, dos menos desenvolvidos aos mais desenvolvidos, e atribui pesos diferentes a cada uma das três categorias básicas para cada grupo de países ? lembrando que nos países mais pobres os requisitos básicos são mais importantes do que outros fatores, enquanto nos mais desenvolvidos, inovação e sofisticação têm um peso relativo maior.