? Nossa proposta é que o Brasil estabeleça uma parceria estratégica com um país que já detém essa tecnologia que poderia ser a Rússia, a Índia ou a China, e estabelecer com eles, em contrapartida, pela transferência dessa tecnologia, um contrato de venda de alimentos de longo prazo, no que esses países têm bastante interesse ? adiantou Vargas.
Conforme o ministro, o governo federal já está trabalhando nesse assunto. A ideia foi discutida com o governo russo em maio último, e a expectativa é que numa vinda próxima de um ministro russo ao Brasil o governo brasileiro possa avançar nessa negociação, chegando aos termos de como pode ser estabelecida essa parceria.
? Essa parceria se fechada, garantiria de uma vez por todas a independência do Brasil na produção de fertilizantes ? visualiza Vargas.
O ministro observa que em muitos casos os fertilizantes representam 40% do custo da produção, o que evidentemente mina a competitividade agrícola brasileira. Segundo ele, se o Brasil conseguisse garantir pela produção interna uma concorrência com o fornecimento de insumos, hoje em grande medida importados, isso incrementaria a competição do setor e reduziria sensivelmente o custo.
Daniel Vargas foi palestrante no painel de encerramento da Bienal dos Negócios da Agricultura.