O novo programa começará com a identificação de países produtores de algodão que tenham interesse em participar da iniciativa. Os países selecionados desenvolverão planos de trabalho com base nas experiências e conhecimentos que o Brasil e a OIT podem fornecer para ajudar a melhorar as condições de trabalho no setor, incluindo questões essenciais como ações para erradicar o trabalho forçado e o trabalho infantil.
O encontro na Suíça, na semana passada, reuniu o Ministro do Trabalho e Emprego do Brasil, Manoel Dias, e representantes de organizações de empregadores e de trabalhadores do país.
– Nós consideramos o Brasil como um parceiro estratégico para promover o trabalho decente – disse o Diretor Regional da OIT para a América Latina e o Caribe, José Manuel Salazar, referindo-se ao programa de cooperação que há muitos anos tem abordado questões como trabalho infantil, trabalho forçado, proteção social e migração, entre outros temas considerados prioritários pelos países beneficiários.
Também haverá uma atenção especial à maneira em que as cadeias de fornecimento global operam, pois este é um tema chave para enfrentar os desafios do trabalho decente na indústria do algodão.
O Ministro Dias afirmou durante a IX Reunião de Revisão do programa de cooperação, realizada na sede da OIT em Genebra, que o Brasil e a OIT conseguiram formar uma “parceria excepcional”. Ele também destacou o interesse do Brasil em “compartilhar boas práticas com outros países em desenvolvimento que enfrentem desafios semelhantes”.
De acordo com um relatóri, entre 2005 e 2015 o programa de cooperação Sul-Sul Brasil-OIT administrou US$ 21,3 milhões, incluindo como beneficiários vários países na África e na América Latina, além do Timor Leste.