? Há muito mercado a ser explorado, como Irã, Iraque, Iêmen e Kuwait, que já compram do Brasil, mas têm potencial de crescimento no consumo da proteína ? afirmou o presidente da Ubabef, Francisco Turra.
Turra saiu otimista de uma reunião realizada neste domingo, dia 27, em Dubai com executivos das agroindústrias brasileiras exportadoras de frangos e especialistas em Oriente Médio.
? O Iraque é um exemplo de mercado a ser explorado. Em apenas quatro anos, o consumo per capta de frango no país quase dobrou, saltando de 9,8 quilos em 2007 para 17,9 quilos em 2010, com previsão de atingir 18,4 quilos neste ano ? explicou o presidente da Ubabef.
Sobre a Arábia Saudita, maior importadora mundial de frango brasileiro, Turra disse que o governo está parando de subsidiar a produção local, o que abre espaço para as vendas brasileiras.
? Nos últimos três anos, nossos embarques para a Arábia Saudita cresceram 150 mil toneladas. Nesse mesmo período, o consumo per capta do país cresceu quase cinco quilos. O Egito também está deixando de produzir localmente devido a casos pontuais de gripe aviária. Até a Líbia, que vive hoje os conflitos mais violentos na região, pode começar a comprar os produtos brasileiros ? declarou o executivo.
Turra contou ter recebido a visita de intermediários dispostos a vender a carne de frango brasileira à Líbia.
? O mercado está aberto, mas não há vendas diretas ao país ? explicou.
O presidente da Ubabef ressaltou que os conflitos em países do Oriente Médio não estão afetando as vendas à região. Ele avaliou que quando a situação for normalizada, as mudanças decorrentes do encerramento dos conflitos poderão ser benéficas ao Brasil.
? O aumento expressivo do preço do petróleo é o fator que permitirá ao exportador de frango do Brasil impor reajuste de preço para compensar a fragilidade do dólar e a elevação dos custos dos insumos. A demanda por alimentos é cada vez maior e os estoques estão em níveis extremamente baixos. Estamos acompanhando tudo de perto ? afirmou Turra.