A reunião extraordinária da Cadeia Setorial do Arroz decidiu elaborar uma cartilha que sirva de suporte para políticas públicas e privadas. O documento traz diretrizes para produção, levantamentos de safra, defesa sanitária, comercialização e até oferta de crédito.
? Nós queremos trabalhar com tranqüilidade. Não queremos ser um extintor, que toda semana tem que estar apagando incêndio. Queremos é que a cadeia se fortaleça, trabalhe com tranqüilidade e vá de encontro aos anseios do governo de cada vez mais produzir e colocar alimento na mesa do brasileiro ? afirmou o presidente da câmara, Francisco Schardong.
Mas antes de discutir estratégias para o futuro, os produtores pedem a solução de questões emergenciais, como o apoio à comercialização de 500 mil toneladas, a elevação da Tarifa Externa Comum (TEC) para o arroz importado e o ajustamento da linha de crédito criada para socorrer os arrozeiros que tiveram prejuízos com as chuvas.
Os agricultores gaúchos, principais produtores de arroz no Brasil, acusam o governo federal de omissão e reclamam que não estão conseguindo arcar com as dívidas assumidas desde o plantio.
? Não é possível o produtor arcar com todo esse custo, com o peso do clima, o prejuízo do clima, a desvalorização do produto pela classificação e também agora pelo mercado.Não tem preço compatível para honrar todos esses compromissos ? afirma o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha.
O Ministério da Agricultura informou que monitora a situação no Estado e que o valor do arroz ainda não está abaixo do preço mínimo, apenas em casos isolados. Em maio o ministério publicou uma portaria autorizando a utilização de instrumentos de apoio à comercialização, mas eles somente serão acionados se os preços caírem mais.