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Colheita da maçã impulsiona criação de empregos no interior do Rio Grande do Sul

Vacaria é a cidade do interior do país que mais gerou vagas em janeiro. Ainda assim, falta pessoalOs primeiros quatro meses do ano trazem um grupo de 10 mil trabalhadores para a colheita da maçã no Rio Grande do Sul. Mesmo com as perdas provocadas pelo granizo, que devem ser responsáveis por uma safra 20% menor do que a do ano passado, a colheita no Estado deve ficar em 380 mil toneladas. Mais da metade deste volume sairá dos pomares da cidade de Vacaria, na região dos Campos de Cima da Serra.

A geração de empregos fez Vacaria se tornar recordista no país, entre municípios do interior, na criação de vagas formais no país em janeiro.

? A colheita, que começa em janeiro e vai até março, absorve boa parte da geração de vagas. Soja e milho também geram postos em agropecuárias e lojas de implementos agrícolas ? o secretário de Desenvolvimento, Tecnologia, Trabalho e Turismo de Vacaria, Alessandro Dalla Santa Andrade.

Entre os 10 municípios apontados na pesquisa do Ministério do Trabalho, as três primeiras posições são ocupadas por capitais: São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, respectivamente.

Na agência de Vacaria da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS/Sine), há cerca de 60 postos abertos para trabalhar nas chamadas câmaras frias.

? Normalmente, o que se exige é ter mais de 18 anos e Ensino Fundamental ? diz o coordenador da agência de Vacaria, José Bueno Pereira.

Entretanto, a cada ano, se torna mais difícil conseguir mão de obra para trabalhar na colheita e nos processos de seleção e embalagem. O problema se agravou no último ano, com a recuperação da economia e a migração para empregos fixos de muitos trabalhadores que antes se dispunham a ser safristas. Cerca de mil vagas ainda estão disponíveis.

? Algumas empresas têm trazido trabalhadores de São Paulo ? afirma o presidente da Associação Gaúcha dos Produtores de Maçã (Agapomi), Blaise de Laurence Castelet.

Empresários do setor da maçã apontam o avanço da construção civil, com o incentivo de programas do governo federal como o Minha Casa, Minha Vida, em todo o Estado, a volta das contratações pela indústria em Caxias do Sul, município próximo a Vacaria, e investimentos em reflorestamento na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul são os responsáveis pela falta de pessoal.

Ao todo, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Assalariados Rurais de Vacaria e Muitos Capões, Sérgio Poletto, estima que 10 mil serão contratadas para a safra na região. Vacaria tem 61 mil habitantes.

? Já ouvi histórias de gente que veio do Acre para trabalhar. Muitos mudaram de ramo até pelo fato de o piso ser baixo. Tivemos reajuste nos últimos anos, mas não muito significativo. Também existe uma rotatividade muito grande ? afirma Poletto.

Conforme o sindicalista, o piso para serviços gerais está em R$ 556,60 mais benefícios. O valor sobe conforme o cargo e os safristas têm a carteira assinada e ganham alojamento.

Somente numa das maiores empresas de Vacaria, a Rasip, aos 600 funcionários, se juntam outros 1,3 mil para a safra. Desses, 1,1 mil vão para a colheita. No processo de classificação e embalagem, o número de empregados dobra: de 200 para 400.

? Estamos trabalhando com 15% a menos de pessoal do que necessitaríamos ? diz o diretor de operações da Rasip, Celso Zancan.

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