Segundo os agricultores, o objetivo da instituição não governamental é fortalecer o grupo perante o governo e o mercado nacional e internacional.
? Também é uma forma de ficarmos mais unidos. Queremos somar forças sem considerar se os grupos já são consolidados no mercado ou não, se são ribeirinhos, agricultores tradicionais, porque a ideia é criar um elo com as cooperativas de Norte a Sul ? afirma a presidente da Cooperativa dos Beneficiários Artesanais de Castanha-de-Caju (Coopercaju), Tereza Oliveira.
O agricultor Orélio Araújo, da Rede de Comercialização Solidária de Agricultores Familiares e Extrativistas do Cerrado, acredita que por meio da associação, os produtores terão mais oportunidades de articular políticas públicas.
? Às vezes, um problema que há em um Estado também existe no outro e, juntos, a gente descobre isso e pode buscar meio de mudar a situação para todos, não só para um lugar ? explica.
A associação também deverá representar o interesse comercial da agricultura familiar no exterior.
? Individualmente, eles não conseguem participar dessas feiras fora do país, mas coletivamente, como associação, têm mais chance de expor e vender os produtos lá fora ? diz o diretor de Geração de Renda e Agregação de Valor do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Arnoldo Campos.
Os agricultores que participam do 2º Encontro Nacional de Agricultura Familiar Orgânica representam 18 Estados e mais de 15 mil famílias. O grupo exporta 300 produtos para mais de 15 países.