Combate ao desmatamento ilegal na Mata Atlântica resulta em mais de R$ 1,6 milhão em multas

Operação abrangeu toda a região do extremo sul da Bahia, desde o município de Mucuri até UbaitabaO Ibama realizou entre os dias 9 e 29 de setembro a operação Santa Cruz, que teve como foco a fiscalização de desmatamentos e exploração comercial de madeira extraída ilegalmente no Bioma Mata Atlântica. A operação abrangeu toda a região do extremo sul da Bahia, desde o município de Mucuri até Ubaitaba. Foram aplicados mais de R$ 1,6 milhão em multas, lavrados 70 autos de infração e entregues 40 notificações.

A operação contou com apoio da Delegacia de Proteção Ambiental de Ilhéus, Companhia Independente de Policiamento e Proteção Ambiental da PM/BA e Ministério Público no Estado da Bahia ? Núcleo Mata Atlântica. Foram flagrados oito estabelecimentos comercias com madeira nativa da mata atlântica em depósito ilegal e quatro veículos transportando carvão e madeira ilegalmente. No total houve mais de 150 metros cúbicos de madeira e 105 metros cúbicos de carvão ilegais apreendidos.

Dentre as ações realizadas pela equipe, destaca-se a fiscalização na região conhecida como Canta Galo, município de Belmonte, onde foi flagrado grande número de ilícitos ambientais provocados, principalmente, por ocupantes irregulares de terras devolutas assistidos pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-BA). Os moradores exploravam ilegalmente os remanescentes de Mata Atlântica, com produção de carvão e exploração comercial de madeira e caça, provocando desmatamento. Somente nessa localidade, foram embargados 51 hectares de área desmatada, demolidos 65 fornos de carvão, apreendidos quatro animais silvestres abatidos e 16 armas de fogo.

Durante a ação em Belmonte foi constatado desmatamento em remanescentes de Mata Atlântica e em Área de Preservação Permanente, além do desvio e barramento de córregos, para implantação da estrada de ligação Belmonte a Canavieiras. A obra estava sendo executada sem a devida licença ambiental e sem adoção de práticas e medidas mitigadoras dos danos ambientais causados. As atividades foram paralisadas até a regularização ambiental junto ao órgão competente.