“As respostas dos países da região à volatilidade dos preços agrícolas têm traços em comum: os governos tendem a intervir mais quando os preços sobem do que quando baixam, ou seja, dão relativamente mais importância à inflação e ao consumidor que ao produtor e à estrutura produtiva agrícola. Em termos gerais, as medidas têm se concentrado a curto prazo e com menos atenção aos problemas estruturais” aponta o boletim sobre volatilidade de preços nos mercados agrícolas da região, divulgado nessa quarta, dia 2.
De acordo com o estudo, as ações mais adotadas para conter alta dos preços dos alimentos são restringir as exportações, fixar preços, eliminar tarifas, intervenções governamentais nos mercados e acordos entre governo e o setor privado.
As três organizações recomendam que os latino-americanos e caribenhos adotem planos de longo prazo que visem a resolver problemas estruturais e com foco nos pequenos produtores, pois essas iniciativas “reduzem significativamente a vulnerabilidade dos países à volatilidade dos preços”.
A FAO apontou que os preços globais dos alimentos alcançaram patamar recorde desde 1990, quando a organização iniciou a série histórica. O índice da FAO registrou 236 pontos em fevereiro, 2,2% maior em comparação à janeiro. Foi a oitava subida consecutiva dos preços mundiais das commodities alimentícias. Com exceção do açúcar, todos os outros grupos de alimentos apresentaram aumento de preço.