O começo do vazio sanitário do algodão na Bahia, que ocorreria nesta sexta-feira, 20, foi adiado para o dia 30 de setembro. A mudança foi autorizada pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). Produtores pediram a prorrogação do prazo devido ao prolongamento do ciclo por chuvas no fim de abril. Segundo a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a colheita de algodão na Bahia está na reta final, atingindo 97% da safra 2019/20. A associação projeta colheita recorde de 1,5 milhão de toneladas (caroço e pluma), superando em 300 mil toneladas a última safra, em linha com a previsão divulgada pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) nesta semana.
O vazio sanitário da fibra no estado se estende até 30 de novembro. Nesse período, não podem ser mantidas plantas vivas no campo. A medida, segundo o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, é “fundamental para garantir uma redução dos níveis de bicudo do algodoeiro que ataca a qualidade da pluma e a rentabilidade do produtor”.
Apesar de leve queda da produtividade, provocada por uma estiagem em janeiro, agricultores da região ainda consideram positiva a produtividade de 302 arrobas de pluma/hectare, pouco abaixo das 315 arrobas da safra passada, segundo a Abrapa. O incremento de 15% da safra de algodão em relação ao ano passado se deve ao aumento de 25,5% de área cultivada, alcançando os 331,028 mil hectares.