Desde que adotou o programa na safra 2006/2007, o Ministério do Desenvolvimento Agrário tem evitado perdas aos agricultores, quando o preço do produto comercializado fica abaixo do custo de produção. Essa diferença é transformada em bônus e serve de desconto na hora de quitar o financiamento de custeio. Isso evita que o produtor precise se desfazer do patrimônio para pagar o empréstimo.
A novidade agora é que, a partir deste mês, o agricultor que tiver tomado crédito para investimento também vai contar com os bônus do PGPAF. Para ser beneficiado, basta que uma das 29 culturas incluídas no programa seja responsável por, pelo menos, 35% da renda do produtor. Quem possui uma produção diversificada também pode entrar no programa.
? Para aquele agricultor cujos produtos que garantem o financiamento são muitos, nenhum deles atinge 35% da renda calculada, eles têm índice calculado por uma cesta. Essa cesta é calculada a partir de preços de mercado de leite, feijão, milho e mandioca. Toda vez que um desses produtos estiver abaixo do custo de produção, significa um pequeno bônus para os financiamentos de investimento ? explicou o coordenador-geral de Financiamento à Produção da Secretaria de Agricultura Familiar, João Luiz Guadagnin.
O valor do bônus é calculado todos os meses pela Conab, que faz um levantamento dos preços nas principais praças de comercialização dos produtos da agricultura familiar. Este mês, os produtores de castanha de caju do Maranhão receberam os bônus mais altos. No Estado, o produto foi cotado a R$ 0,74. Com o PGPAF, o agricultor recebeu R$ 1,25 pela castanha, um ajuste de mais de 40%.