Os ministros se encontraram com a candidata petista logo cedo, no café da manhã. Dezenas de militantes e ex-integrantes do primeiro escalão do governo Lula também compareceram ao comitê central. A ministra chefe da Casa Civil defendeu a medida provisório 443, que autoriza o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a adquirir ações e assumir o controle acionário de bancos, seguradoras, instituições financeiras e empresas. Dilma Roussef garantiu que as medidas do governo contra a crise econômica mundial não mudam após as eleições municipais.
? Não muda nada. O que muda por parte do governo federal é a convicção cada vez maior de que o Brasil é um país completamente diferenciado quando se compara com outros países emergentes ? declarou a ministra, que acrescentou:
? É de fato, uma crise de proporções gigantescas, mas o que acontece nos países emergentes e especificamente no Brasil é o fato de nós termos mais instrumentos, mais musculatura para enfrentá-la.
Questionada se continuava considerando a crise uma “pequena gripe”, como definido por ela há 20 dias, respondeu:
? Não é uma pneumonia, pneumonia é o que está acontecendo na Inglaterra, com o PIB caindo meio por cento.
Cassel em apoio ao governo Paraguaio
Logo em seguida, a ministra foi até um colégio na zona sul da cidade, onde votou rapidamente. No mesmo local, uma hora e meia depois, votou também o ministro do Desenvolvimento Agrário. Guilherme Cassel disse que já está solucionado o desentendimento com ministério do Meio Ambiente, que divulgou lista afirmando que os assentamentos do Incra são os campeões de desmatamento na Amazônia.
? Não existe um clima ruim. Minc é meu companheiro de trabalho. A gente comunga dos mesmos objetivos. O que houve foi a divulgação de uma lista inadequada, que o Minc teve a grandeza de corrigir e já estamos trabalhando juntos de novo.
Cassel disse ainda que apóia o governo paraguaio, que anunciou neste final de semana que vai comprar terras, inclusive de fazendeiros brasileiros, para fazer reforma agrária no país.
? O fato de um contingente muito grande de brasileiros trabalharem lá, de não existir regularização fundiária naquela região coloca um problema de enorme envergadura, que vai ser trabalhado devagar ? ponderou.
? Nós estamos tentando ajudar, passando o nosso conhecimento, as nossas tecnologias para que o governo paraguaio possa trabalhar.
Segundo o ministro, é fundamental que aqueles que trabalham produzindo alimentos no Paraguai possam garantir segurança, estabilidade e qualidade de vida.
*Colaborou Terena Miller