No Brasil, o movimento do algodão em pluma é de alta. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, o impulso vem da retração de vendedores, que acompanham o avanço do dólar, que, por sua vez, encarece as importações e favorece as exportações.
Além disso, compradores domésticos também estão mais ativos neste início de agosto, visto que têm pouco volume de pluma contratada para este período de colheita.
Desde o início de agosto, o Indicador Cepea/Esalq com pagamento 8 dias, referente à pluma 41-4, posta em São Paulo, subiu 2%, fechando a R$ 2,1784/lp nessa quarta, dia 12. A média parcial deste mês do Indicador supera em 2,13% a de julho e em 19,4% a de agosto do ano passado, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de julho/15).
Pesquisadores do Cepea explicam que as altas recentes ainda não motivam novas vendas e cotonicultores se mantêm focados nas atividades de campo e no cumprimento de contratos, principalmente de exportação, que têm absorvido muitos lotes de boa qualidade da nova safra.
Segundo relatório da Associação Matogrossense dos Produtores de Algodão (Ampa), referente à semana de 2 a 8 de agosto, a colheita se aproximava dos 60% na região de Primavera do Leste, em Lucas do Rio Verde estava em 55%, em Rondonópolis, em 50% e, em Campo Novo do Parecis, em 33%.
Em julho/15, as exportações brasileiras totalizaram 15,811 mil toneladas, recuo de 12,6% frente ao mês anterior, segundo dados da Secex. Já na parcial de 2015, as vendas externas somam 263 mil toneladas, 64% acima do exportado no mesmo período de 2014. Quanto às importações brasileiras, em julho/15, foram de 94,3 toneladas, queda de 40,5% frente ao volume de junho/15 e 73,7% a menos que há um ano.