Como exemplo da “boa vontade dos dois governos para melhorar o comércio”, Shannon citou o caso do algodão que envolveu decisão recente da Organização Mundial do Comércio (OMC), que autorizou o Brasil a aplicar restrições comerciais contra os Estados Unidos, como forma de retaliação pelos subsídios concedidos aos cotonicultores norte-americanos. O Brasil decidiu adiar, por dois meses, o início das sanções depois que entrou em negociações com os Estados Unidos.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil e os Estados Unidos concluíram, na última terça, dia 20, negociação de memorando de entendimento em relação ao produto, que estabelece a criação de fundo para a transferência de recursos para o setor cotonicultor brasileiro. Baseado nesse acordo, o Brasil decidiu adiar a aplicação das medidas sobre as importações de bens dos Estados Unidos.
Segundo o ministério, nesses dois meses, os governos do Brasil e dos Estados Unidos vão manter entendimentos para implementação de decisão do Órgão de Solução de Controvérsias da OMC que condenou os programas norte-americanos de apoio doméstico e de garantia de crédito à exportação.
O Brasil conquistou na OMC o direito de impor tarifas adicionais a produtos originários dos Estados Unidos até o limite de US$ 830 milhões anuais, quantitativo que será objeto dos entendimentos. O embaixador norte-americano comentou sobre as relações entre os dois países ao participar do lançamento de posto volante que vai realizar testes gratuitos de Aids. O programa é uma iniciativa da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) ? organismo independente do governo americano ? e a organização internacional sem fins lucrativos Pact Brasil, com apoio do Ministério da Saúde.