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Empresários de Santa Catarina estão descontentes com política de comércio exterior

Estudo da Fiesc aponta que grande maioria das empresas se sente negligenciada pelo governoO estudo Diagnóstico do Setor Exportador de Santa Catarina, lançado nessa quarta, dia 29, pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), aponta o descontentamento dos empresários com a política de comércio exterior vigente no Brasil. Para 73% das 118 empresas pesquisadas, tal política não atende às necessidades e expectativas do setor, que está sendo "negligenciado".

Os 20 setores que participaram do levantamento informaram que o câmbio limita as exportações e afeta a competitividade dos produtos de Santa Catarina no mercado externo. O segmento também chama a atenção para problemas como a morosidade e burocracia nas operações de exportação.

? Quando o câmbio está desfavorável, os problemas do Brasil, de alta tributação, falta de investimento em logística e juros altos, aparecem ? justifica o diretor de Relações Institucionais e Industriais, Henry Quaresma.

A Fiesc também está preocupada com o resultado da Política de Desenvolvimento Produtivo 2 (PDP2), que deve ser lançada nos próximos dias, porque teme que as mudanças propostas também não favoreçam as empresas exportadoras.

? Não conhecemos o conteúdo da PDP2, mas, entre as reivindicações do setor industrial estão a desoneração de vários segmentos, acordos bilaterais e transação com moeda local entre os países da América do Sul, para eliminar o dólar ? explica.

Em busca de novos destinos, a indústria de Santa catarina está focando países da América do Sul (29% das empresas ouvidas) e da África (15% das indústrias entrevistadas).

Segundo Quaresma, as exportações para estes destinos estão crescendo num ritmo superior ao dos mercados tradicionais como Europa e América do Norte, porque eles não são tão exigentes e, neles, os produtos brasileiros têm muito mais competitividade.

Brasil corre risco de perder imposto zero na Europa

Outra preocupação do setor exportador do Estado é a possibilidade de o Brasil ser reclassificado na União Europeia, passando de país em desenvolvimento para economia de mercado, o que o retira do Sistema Geral de Preferência (SGP), com imposto zero sobre os produtos brasileiros exportados para aquele mercado.

Segundo Quaresma, é o mesmo processo pelo qual, recentemente, o Brasil passou nos Estados Unidos, com a diferença de que lá deve conseguir a renovação do SGP.

? Na Europa, podemos ficar descredenciados a qualquer momento, o que prejudicará a maior parte do universo tarifário do país e também de Santa Catarina.

Várias associações e entidades estarão em Bruxelas, na Bélgica, na semana que vem, para fazer pressão para manter o Brasil na classificação.

A vantagem do imposto zero compensa o excesso de obstáculos externos à exportação, como a recessão em alguns países, a falta de incentivos fiscais por parte do governo brasileiro e o custo do transporte internacional de mercadorias.

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