Especialista traça desenvolvimento e previsões para as lavouras do Brasil

Confira o que diz em documento o consultor Áureo Lantmann, sobre as lavouras de Maringá, Passo Fundo, Rio Verde e Campo VerdeO consultor do projeto Lavouras do Brasil Áureo Lantmann redigiu um relatório sobre as condições das lavouras de soja demonstrativas que chegam agora à metade do ciclo. Confira.

“As lavouras demonstrativas do projeto Lavouras do Brasil, assim como a maioria das demais lavouras de soja do país estão chegando na metade de seus ciclos, ou seja, perto dos 60 dias após a germinação, entendendo-se que na média o ciclo completo vai durar 120 dias. Porém a continuar as condições de clima favoráveis há uma tendência de que o ciclo se estenda por mais cinco ou até 10 dias.
    
Até a presente data, as lavouras de soja estão se desenvolvendo bem, não há comprometimento em função de condições climáticas. A germinação foi normal, não houve relatos de danos nas lavouras promovidos por: condições físicas do solo, pragas de solo, incidências de plantas daninhas, doenças de início de ciclo ou outro fenômeno que pudesse produzir danos com efeitos sobre o rendimento final.

Veja o perfil de Áureo Lantmann na Comunidade Lavouras do Brasil

É evidente que tudo isso esta acontecendo porque, as condições climáticas foram favoráveis até agora, e principalmente há um conjunto de tecnologias adequadas por seus coordenadores sendo aplicado nas Lavouras.

Como a condução das Lavouras do Brasil se propõ a mostrar aos interessados a importância de se utilizar tecnologias próprias para cada situação de lavoura, em todas elas, ficou bem demonstrado a necessidade premente de um acompanhamento constante do seu desenvolvimento.

Do conjunto de tecnologias disponíveis aos agricultores e técnicos, aquelas que determinam doses de inseticidas, fungicidas, herbicidas e reguladores de crescimento devem ser aplicadas nos momentos em que seus efeitos serão maximizados. Aplicações com doses inadequadas para mais ou para menos e em momentos muito antecipados, produzem efeitos nos casos de controle de insetos e de doenças, de reincidências de ambos com maior agressividade gerando desequilíbrios biológicos que vão desencadear o surgimento de pragas e doenças resistentes, que promovem necessidades de novas aplicações e conseqüente aumento de custo.         

Passado a metade do ciclo, as lavouras entram na fase reprodutiva. Esta fase continua a exigir muita atenção, há que se assegurar a continuidade boa das lavouras até aqui.  Normalmente vão surgir ainda incidências de lagartas das folhas, cujo seus danos podem chegar ate 15% de desfolha, a partir dessa porcentagem é que seria necessário seu controle com inseticidas. Nesta fase vão surgir os percevejos, uma praga que pode comprometer todo o rendimento da soja, caso não seja devidamente controlada, seu controle passa a ser necessário quando surgirem mais de 2 percevejos por pano de batida.

No inicio do estádio reprodutivo o que deve chamar a atenção dos agricultores e técnicos são as doenças de final de ciclo tais como, cancro da haste sepetoriose, crestamento de cercospora, haste negra, míldio, mancha alvo, podridão de Sclerotinea e principalmente a ferrugem da soja.  A ferrugem da soja pode reduzir os rendimentos aos menores possíveis, seu controle requer muita atenção, deve ser observado a época mais adequada para aplicações de fungicidas, afim de se evitar um numero maior de aplicações.”